Pfizer mantém projeção de vendas de vacina e tratamento contra Covid-19 em 2022

3 de maio de 2022

Por Manas Mishra e Michael Erman

BENGALURU/NOVA JERSEY (Reuters) – A Pfizer manteve as projeções de vendas para seus produtos relacionados à Covid-19, em um sinal de que o crescimento vertiginoso dos últimos trimestres desacelerou, já que a companhia vinha elevando sequencialmente as estimativas.

A empresa espera 22 bilhões de dólares em vendas das pílulas Paxlovid, para tratamento da Covid-19, neste ano, em comparação com a expectativa média dos analistas de 26,1 bilhões de dólares.

Em comentários preparados para a teleconferência da empresa com investidores, o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse que a empresa viu recentemente um aumento significativo no uso do remédio nos Estados Unidos e que alguns países que sofreram surtos recentes de coronavírus pediram por mais unidades do produto.

A fabricante de medicamentos também reiterou a estimativa de 32 bilhões de dólares em vendas da vacina que desenvolveu com a BioNTech. A empresa havia elevado a projeção para vendas da vacina a cada trimestre de 2021.

A Pfizer espera enviar dados aos reguladores dos EUA em busca da autorização do regime de três doses da vacina para crianças menores de 5 anos até o início de junho. O órgão regulador sanitário dos EUA (FDA, em inglês) já agendou reuniões no final de junho para avaliar a medida.

A empresa também está trabalhando em uma possível atualização de vacina para combate da variante Ômicron do coronavírus. A companhia espera que o imunizante ajude a fornecer ampla cobertura no outono do Hemisfério Norte.

A Pfizer lucrou 1,67 dólar por ação excluindo itens no primeiro trimestre, superando as estimativas de 1,47 dólar por ação, de acordo com a Refinitiv.

As vendas da vacina da Covid-19 foram maiores do que os analistas projetavam para o trimestre, pois foram reservadas mais cedo do que muitos esperavam, segundo Mani Foroohar, analista da SVB Securities.

Foroohar disse que a antecipação das vendas foi “um sinal claro de desaceleração no mercado final de vacinas”.

(Por Manas Mishra, em Bengaluru, e Michael Erman, em Nova Jersey)

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 56447500))

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