Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil, tem uma reunião marcada com o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, na tarde de hoje (16). O encontro contará com a presença de John Medel, gerente sênior de políticas da plataforma, e Faryar Shirzad, diretor de políticas.
A conversa, marcada para acontecer às 15h30 e com duração estimada de meia hora, será fechada à imprensa e vai acontecer de forma online, via videoconferência.
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Segundo a ‘Agenda de Autoridades’ publicada pelo BC, a plataforma de criptomoedas irá discutir o “cenário macroeconômico” com Campos Neto na reunião.
O encontro ocorre após o presidente do Banco Central se reunir com o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, e o head da exchange no Brasil, Daniel Mangabeira, na última sexta-feira (13). Na conversa, os executivos discutiram “assuntos institucionais”.
Recentemente, a Coinbase e a dona do Mercado Bitcoin, a 2TM Participações, desistiram de conversas para uma fusão, que havia sido noticiada pelo Estadão.
Segundo informações da Bloomberg, fontes com conhecimento direto do assunto confirmaram a suspensão do negócio. Em nota ao veículo, um porta-voz da corretora disse estar “comprometida com o mercado brasileiro e possui liderança local em tecnologia e negócios”. A 2TM, por sua vez, não quis comentar.
Regulamentação do mercado cripto no Brasil
No final do mês passado, o Senado aprovou o Projeto de Lei 3.825/2019, que trata da regulamentação do mercado de criptomoedas no Brasil. O texto, que voltou para análise da Câmara dos Deputados, traz diretrizes para a “prestação de serviços de ativos virtuais” e regulamenta o funcionamento das empresas prestadoras desses serviços.
Na época, o relator, o senador Irajá (PSD-TO), disse que observou que os criptoativos movimentaram R$ 215 bilhões (compra e venda), só no ano de 2021. Além do mercado como método de pagamento, que cresceu na ordem de 6% no último ano.
“É um assunto extremamente importante e urgente. O Banco Central a todo momento está demandando o Congresso para que nos posicionemos em relação a um marco regulatório que pudesse entender a dimensão desse novo ambiente de negócios”, explicou ele à Agência Senado.
O crescimento acelerado do mercado tem gerado preocupação com seu uso para lavagem de dinheiro diante da insuficiência de regulamentação. As mudanças não valerão para NFTs (tokens não-fungíveis, em português).