(Reuters) – Os fabricantes dos Estados Unidos estão descobrindo que sua principal arma para combater os emaranhados da cadeia de suprimentos é uma maior ineficiência.
Empresas industriais que divulgaram resultados nas últimas semanas têm descrito as medidas que tomaram –desde a aquisição de caminhões para transportar seus próprios produtos até a construção de bens que ficam no chão da fábrica esperando por semicondutores que faltam– para lidar com atrasos e a escassez que os perseguem desde o último ano.
Morikis admitiu que isso é “menos eficiente”, mas necessário para atender à crescente demanda. Com o tempo, disse ele, espera-se que “a eficiência volte a funcionar”.
Existem poucos sinais de que isso acontecerá em breve. Um estudo recente do Royal Bank of Canada concluiu que um quinto da frota global de contêineres está preso em congestionamentos em portos ao redor do mundo. O relatório disse que os problemas da cadeia de suprimentos parecem piorar à medida que os lockdowns da Covid-19 na China se ampliam e a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompe os fluxos comerciais.
Atualmente, o envio de produtos de um armazém na China para uma instalação nos Estados Unidos leva 74 dias a mais do que o normal antes da pandemia, de acordo com o relatório.
“Não acho que vamos abandonar completamente as cadeias de suprimentos”, disse Cliff Waldman, executivo-chefe da New World Economics, uma empresa de análise econômica que estuda tendências de manufatura. Há muitos benefícios dessas redes globais, disse ele.
“Queremos eficiência, porque maior eficiência significa menor custo”, disse ele. “Mas as empresas não querem eficiência à custa de risco excessivo.”