O Credit Suisse reportou um prejuízo no primeiro trimestre e lançou uma revisão de gestão após acumular bilhões em perdas com investimentos fracassados em 2021.
Os investidores mostraram reprovação ao rejeitarem a proposta do conselho de liberar a administração de processos relativos ao exercício de 2020 na assembleia anual do banco em abril.
A S&P disse que uma reviravolta em escândalos como o caso Archegos, Greensill e outros não seria rápida, mas mudou a perspectiva da nota do Credit, de negativa para estável.
O banco foi atingido por dois escândalos em março de 2021, com perda de 5,5 bilhões de dólares com a quebra da empresa de investimentos Archegos e outros 10 bilhões em fundos vinculados ao agora insolvente financista britânico Greensill.
“Embora o grupo esteja trabalhando ativamente em ações de correção, achamos que uma mudança duradoura na cultura de risco numa organização global tão complexa levará tempo”, disse a S&P.
“Em nossa opinião, o risco-retorno do grupo provavelmente permanecerá abaixo do de seus principais concorrentes e outros pares, pelo menos no médio prazo”, disse a S&P.
O corte da nota aumenta a diferença entre o Credit Suisse e o maior rival UBS, que possui rating A- e perspectiva estável da S&P, e rating A+, com perspectiva estável, pela Fitch.
A Fitch mantém o Credit Suisse em um rating de longo prazo A, com perspectiva negativa desde abril de 2021.