A empresa pediu para 24 gestoras, incluindo Genoa, Truxt, AZ Quest e Garde, que elencassem a percepção atual com o Ibovespa de 0 a 5, sendo 0 muito pessimista e 5 muito otimista. A pesquisa foi feita entre 27 de abril e 6 de maio.
O resultado aponta que 43% dos gestores mostravam-se pessimistas com o Ibovespa, enquanto 39% estavam neutros e 17% otimistas. Na leitura de janeiro, a mais recente, o cenário era bem diferente, com 45% dos gestores consultados dizendo-se otimistas ou muito otimistas e apenas 20% pessimistas com o principal índice da bolsa brasileira.
O Ibovespa teve um início de ano forte e registrou no começo de abril uma alta acumulada de 16% em 2022, ajudado, entre outros fatores, pela disparada no preço das commodities e fluxo positivo de recursos vindos do exterior. Entretanto, o movimento inverteu-se a partir de meados de abril e o índice chegou a mostrar queda no ano, estando agora cerca de 2,6% no positivo.
Tavares escreve que, apesar da piora de percepção com ações brasileiras no geral pelos gestores, alguns setores da bolsa seguem sendo bem vistos. Cerca de 71% dos gestores estão otimistas ou muitos otimistas com papéis de petróleo, gás e biocombustíveis, por exemplo. Para o setor financeiro, outro destaque positivo, o percentual é de 54%.
O modalmais, plataforma do Banco Modal, que por sua vez está em processo de venda à XP, também traz a visão dos gestores para mais ativos locais. Em câmbio, 63% estão otimistas com o real, 17% neutros e mais 17% pessimistas. Outros cerca de 4% destoam e estão muito otimistas. Em janeiro, eram 35% otimistas e 27% pessimistas.
(Por Andre Romani; reportagem adicional Beatriz Garcia)