Quase 10 semanas depois de uma guerra que já matou milhares, desalojou milhões e destruiu cidades e vilas no leste e sul da Ucrânia, a Rússia também intensificou os ataques a alvos no oeste da Ucrânia, em parte para interromper as entregas de armas ocidentais.
Um novo comboio de ônibus começou a retirar mais civis da devastada cidade portuária de Mariupol, no sudeste do país, que viu os combates mais pesados da guerra até agora e onde Moscou disse que as forças ucranianas restantes permanecem fortemente bloqueadas.
O plano, se aprovado pelos governos da UE, seria um divisor de águas para o maior bloco comercial do mundo, que continua dependente da energia russa e precisa encontrar suprimentos alternativos. A Hungria e a Eslováquia querem ficar isentas da proibição por enquanto, disseram fontes.
“(O presidente Vladimir) Putin precisa pagar um preço, um preço alto, por sua agressão brutal”, disse a chefe da Comissão, Ursula von der Leyen, ao Parlamento Europeu em Estrasburgo, sob aplausos dos parlamentares.
Ela também anunciou sanções contra o maior banco da Rússia, o Sberbank, dois outros credores, três emissoras estatais, oficiais do Exército e outros indivíduos acusados de crimes de guerra.
Putin elevou ainda mais as apostas econômicas para os apoiadores ocidentais de Kiev ontem ao anunciar planos para bloquear as exportações de matérias-primas vitais.
“Estamos prontos”
No front da guerra, o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que seus militares considerariam alvejar o transporte de armas da aliança militar ocidental Otan (Organização do Tratado do atlântico Norte) para a Ucrânia, que não é membro da aliança, informou a agência de notícias RIA. A Otan diz que os Estados-membros individualmente estão enviando suprimentos militares, mas não tropas.
O ministério disse que atingiu 40 alvos militares ucranianos, incluindo quatro depósitos de munição e armas de artilharia.
“Portanto, estamos prontos”, disse o porta-voz Andriy Demchenko.
Algumas forças russas entraram na Ucrânia via Belarus quando a invasão começou em 24 de fevereiro, mas até agora as tropas bielorrussas não estiveram envolvidas no que Moscou chama de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e defendê-la dos fascistas.
Kiev e seus apoiadores ocidentais dizem que a alegação de fascismo é um pretexto absurdo para Moscou travar uma guerra de agressão não provocada que levou 5 milhões de ucranianos a fugir para o exterior.