O resultado foi o maior para o mês da série histórica da Receita corrigida pela inflação, iniciada em 1995, com dado novamente impulsionado pela elevação do preço do petróleo.
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A alta foi mais uma vez liderada pelo crescimento da arrecadação do setor de combustíveis, sob o impacto do forte aumento do preço do petróleo no mercado internacional gerado pela guerra na Ucrânia.
Se considerada apenas a arrecadação administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, houve alta real de 3,37% no mês. No período, a arrecadação do setor de combustíveis saltou 142,04%, dando a maior contribuição absoluta (4,112 bilhões de reais) para a alta.
Já as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, aumentaram 29,14% acima da inflação em maio.
Análise do fisco também vem apontando uma melhora na maior parte dos indicadores econômicos como fator por trás da alta da arrecadação.
Em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, foi registrado ganho em venda de bens (+1,5%), venda de serviços (+9,4%), valor em dólar das importações (+30,8%), valor das notas fiscais eletrônicas (+5,3%) e massa salarial nominal (+20,1%). Houve recuo na produção industrial (-0,5%).
O governo vem usando a forte alta na arrecadação como argumento para reduzir tributos. Entre as iniciativas, já foram cortadas alíquotas de tarifas de importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins sobre diesel e gás de cozinha. Agora, o Executivo negocia com o Congresso novos cortes de tributos sobre combustíveis.
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