A inflação está tocando máximas em várias décadas em todo o mundo, à medida que os preços crescentes da energia, gargalos na cadeia de suprimentos no período pós-pandemia e, em alguns casos, fortes mercados de trabalho aumentam o custo de tudo e ameaçam gerar uma espiral salários-preços difícil de quebrar.
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Já a presidente do BCE, Christine Lagarde, reiterou as palavras de Powell e afirmou que a baixa inflação da era anterior à pandemia não retornará, e que o BCE, que tem persistentemente subestimado o crescimento dos preços, precisa agir agora porque a aceleração dos preços provavelmente permanecerá acima da meta de 2% nos próximos anos.
Riscos
Elaborar um aperto da política monetária para evitar uma recessão nos Estados Unidos é certamente possível, disse Powell. Mas ele também acrescentou que o caminho é difícil e não há garantias de sucesso.
“Existe o risco de irmos longe demais? Certamente há um risco, mas eu não concordaria que esse é o risco maior para a economia”, disse ele. “O erro maior seria falhar em restaurar a estabilidade de preços.”
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para 1,25%, neste mês –seu quinto incremento consecutivo — e disse que agiria “com mais força” no futuro se visse uma persistência maior da inflação.
“Haverá circunstâncias em que teremos que fazer mais”, disse o presidente do BoE, Andrew Bailey, na conferência. “Ainda não chegamos lá em termos da próxima reunião. Ainda falta um mês, mas isso está na mesa.”
“Mas você não deve presumir que é a única coisa na mesa”, afirmou ele, referindo-se a outra elevação de 0,25 ponto percentual.
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