Conheça as novatas na lista das mulheres self-made mais ricas dos EUA

15 de junho de 2022
Forbes

Sandra Bullock, Paige Mycoskie e Emma Grede, ingressantes na lista desde ano, têm patrimônios de pelos menos R$ 1 bilhão

A queda do mercado acionário no primeiro semestre de 2022 não foi suficiente para conter uma safra de mulheres empreendedoras, executivas e artistas de sucesso. Sete novatas se juntaram à lista da Forbes de 2022 das mulheres self-made mais ricas dos Estados Unidos, construindo fortunas em setores de tecnologia, moda e bancos.

As recém-chegadas têm idades entre 27 e 80 anos e vêm de cinco estados diferentes. Cada uma vale pelo menos US$ 215 milhões (R$ 1 bilhão), o limite para entrar na lista deste ano; juntas, elas valem US$ 2,3 bilhões (R$ 11,7 bilhões), segundo estimativas da Forbes.

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A mais conhecida é a superestrela Sandra Bullock, há mais de três décadas nas telas de cinema em sucessos como ‘Gravidade’ e ‘A Proposta’, e aos 57 anos ainda está ganhando milhões ao protagonizar filmes.

Outra novata na lista é Betsy Cohen, de 80 anos, uma das primeiras CEOs de bancos nos Estados Unidos, que nos últimos anos investiu em empresas Spac de fusões e aquisições.

Três recém-chegadas fizeram sucesso durante a pandemia. Paige Mycoskie encontrou milhões de clientes para sua Aviator Nation, uma empresa de roupas conhecida por vender moletons retrôs com listras de arco-íris por US$ 190 (R$ 969) cada. A marca explodiu ao equipar artistas como Jennifer Lawrence, Jay-Z, Robert Downey Jr. e Selena Gomez; as vendas saltaram de US$ 70 milhões (R$ 357 milhões) em 2020 para US$ 110 milhões (R$ 561 milhões) em 2021.

Rachel Drori, com o objetivo de mudar a indústria de alimentos congelados por meio de sua empresa de delivery Daily Harvest, também garantiu investimentos de vários ídolos esportivos e um chef famoso. Já Emma Grede, a primeira investidora negra no programa Shark Tank, foi sócia-fundadora e diretora de produtos da Skims, empresa de shapewear e loungewear de Kim Kardashian, entre outros empreendimentos.

Duas das recém-chegadas mais ricas da lista deste ano ganharam suas fortunas através da tecnologia – uma que está profundamente envolvida no próspero campo da inteligência artificial e outra cuja empresa decolou com a ascensão dos computadores pessoais.

Lucy Guo, 27 anos, cofundou a Scale AI em 2016; investidores de risco avaliaram a empresa em US$ 7,3 bilhões (R$ 37,2 bilhões) em 2021. Guo deixou a Scale em 2017, mas manteve uma participação de pouco menos de 6%. Já Patricia Gallup cofundou a revendedora de computadores PC Connection em 1982, quando a maioria dos americanos não possuía computadores pessoais. Ela e seu cofundador começaram com US$ 8 mil (R$ 40,8 mil) e, no ano passado, a empresa atingiu US$ 2,9 bilhões (R$ 14,7 bilhões) em vendas.

Aqui estão as recém-chegadas na lista da Forbes de 2022 das mulheres self-made mais ricas dos Estados Unidos:

*Os patrimônios líquidos são referentes ao dia 13 de maio de 2022.

Lucy Guo

Patrimônio líquido: US$ 440 milhões (R$ 2,2 bilhões)
Fonte: Inteligência artificial

Guo estreia na lista graças a uma participação de quase 6% na startup de inteligência artificial Scale AI, que foi avaliada por investidores privados em US$ 7,3 bilhões (R$ 37,2 bilhões) em 2021. Ela estudou ciência da computação na Carnegie Mellon University, mas largou os estudos após ganhar a bolsa Thiel Fellowship.

Enquanto trabalhava no site de perguntas e respostas Quora, ela conheceu Alexandr Wang, com quem foi cofundadora da Scale. A dupla entrou na lista Forbes Under 30 em 2018, mesmo ano em que Guo deixou a empresa. Ela cofundou a empresa de capital de risco Backend Capital em 2019 e em abril de 2022 lançou a startup Moment, que ela descreve como uma “plataforma web3 para criadores”.

Patricia Gallup

Patrimônio líquido: US$ 360 milhões (R$ 1,8 bilhão)
Fonte: Revenda de TI

Em 1982, Gallup fundou a PC Connection, uma revendedora de computadores com sede em Merrimack, New Hampshire, com David Hall. Os dois mochileiros se conheceram enquanto trabalhavam como equipe de apoio na Trilha dos Apalaches. Eles usaram US$ 8 mil (R$ 40,8 mil) em economias para fundar a empresa, alcançando o crescente mercado de PCs.

A empresa abriu capital em 1998 e registrou quase US$ 2,9 bilhões (R$ 14,7 bilhões) em vendas em 2021. Agora chamada de Connection, seus clientes incluem pequenas empresas e departamentos do setor público. Gallup tem uma participação de 27% e atua como presidente.

Emma Grede

Patrimônio líquido: US$ 360 milhões (R$ 1,8 bilhão)
Fonte: Vestuário

Grede é a CEO da Good American, a marca de moda de tamanho inclusivo que ela lançou com Khloe Kardashian em 2016. Ela também é cofundadora da marca de limpeza à base de plantas Safely com Kris Jenner e é sócia fundadora e diretora de produtos da Skims, empresa de Kim Kardashian, onde seu marido é CEO.

Criada no leste de Londres por uma mãe solteira, Grede trabalhou entregando jornais aos 12 anos e economizou seus centavos para comprar revistas de moda. Ela fundou a agência de marketing ITB Worldwide em 2008 e se tornou a primeira mulher negra a atuar como investidora na popular série Shark Tank.

Rachel Drori

Patrimônio líquido: US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão)
Fonte: Delivery de alimentos

A ex-executiva de marketing do Gilt Groupe iniciou o serviço de entrega de refeições congeladas Daily Harvest em 2015, financiando-o com US$ 25 mil (R$ 127,5 mil) de suas economias. Ela começou a fazer smoothies nos fins de semana em uma cozinha comercial alugada no bairro de Queens, em Nova York, pagando a seus sobrinhos adolescentes US$ 20 por noite para entregá-los em Manhattan.

Grávida de seu primeiro filho, ela prometeu que não deixaria seu emprego até que os pedidos de desconhecidos superassem as compras de amigos e familiares em cinco vezes. Demorou dois meses. Em novembro, Daily Harvest, que agora vende bowls congelados, parfaits, flatbreads e muito mais levantou US$ 100 milhões (R$ 510 milhões) de investidores privados em uma avaliação de US$ 1,1 bilhão (R$ 5,6 bilhões); Drori tem uma participação estimada de 35%. Os investidores famosos incluem Gwyneth Paltrow, Serena Williams, o snowboarder Shaun White e o chef Bobby Flay.

Paige Mycoskie

Patrimônio líquido: US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão)
Fonte: Vestuário

Enquanto trabalhava em uma loja de surf em Venice Beach em 2007, Mycoskie fundou a Aviator Nation, empresa que vende moletons caros com a marca de smileys inspirados nos anos 1970 que decolaram durante a pandemia. A empresa atingiu US$ 110 milhões (R$ 561 milhões) em vendas no ano passado e expandiu para 17 lojas de varejo nos EUA, incluindo uma academia de ginástica em Los Angeles. Mycoskie nunca fez investimentos externos para a Aviator Nation e depende exclusivamente de linhas crescentes de crédito bancário.

Betsy Cohen

Patrimônio líquido: US$ 230 milhões (R$ 1,1 bilhão)
Fonte: Bancos, investimentos

Advogada de formação, Cohen fundou o Jefferson Bank, com sede na Filadélfia, em 1974, tornando-se uma das primeiras mulheres CEOs de bancos nos Estados Unidos. Ela vendeu o banco em 1999 e depois fundou o The Bancorp, com sede em Delaware, que dirigiu como CEO até o final de 2014. Mais recentemente, ela e seu filho Daniel concluíram fusões Spac com sete empresas – incluindo a empresa de consultoria financeira Perella Weinberg Partners, que começou a ser negociada na Nasdaq em junho de 2021.

Sandra Bullock

Patrimônio líquido: US$ 225 milhões (R$ 1,1 bilhão)
Fonte: Filmes

Bullock deve sua fortuna a mais de três décadas na frente das câmeras, aparecendo em blockbusters ao longo dos anos como “Velocidade Máxima” ​​(1994), “Gravidade” (2013) e “Oito Mulheres e um Segredo” (2018). Em Hollywood, ela desafiou as probabilidades ao conseguir alguns de seus maiores papéis – e salários mais altos – depois dos 50 anos. Ela tem mais de US$ 60 milhões (R$ 360 milhões) em imóveis, incluindo uma casa em Manhattan, uma mansão em Beverly Hills e uma propriedade em Malibu.

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