SÃO PAULO (Reuters) – O dólar saiu de máximas acima de 5,19 reais atingidas mais cedo nesta segunda-feira, passando a acompanhar a fraqueza da divisa norte-americana no exterior, embora dúvidas sobre o futuro da Petrobras e temores de uma recessão global continuassem no radar.
Depois de mais cedo ter chegado a saltar 0,89%, a 5,1919 reais, às 13:02 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,07%, a 5,1422 reais na venda.
A devolução dos ganhos do dólar em relação às cotações mais altas do dia veio em linha com a aceleração da queda do índice da moeda norte-americana contra uma cesta de rivais de países ricos, que, por volta de 12h50 (de Brasília), perdia 0,36%, em sessão de volumes reduzidos por feriado nos Estados Unidos.
A divisa norte-americana também tinha perdas contra alguns pares arriscados do real, como dólar australiano (-0,66%) e peso mexicano (-0,45%).
Investidores atribuíam parte desse arrefecimento a um ajuste técnico depois de um rali recente da moeda norte-americana, cujo índice frente a divisas fortes foi a um pico em duas décadas na semana passada, depois que o Federal Reserve elevou os juros em 0,75 ponto percentual, maior ritmo desde 1994.
No Brasil, o foco do pregão estava sobre a Petrobras, depois do anúncio, na manhã desta segunda-feira, do pedido de demissão do presidente-executivo da estatal, José Mauro Coelho. A notícia inicialmente teve impacto negativo nos mercados domésticos, devido a riscos de interferência política na companhia, mas os ativos já recuperaram terreno conforme investidores avaliavam possíveis desfechos para o comando da petroleira.
(Por Luana Maria Benedito)