Ibovespa fecha no vermelho com temores fiscais no radar

8 de junho de 2022

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (8) em queda de 1,55%, aos 108.368 pontos, em meio às incertezas dos investidores sobre a proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) de zerar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) dos combustíveis.

A declaração aumenta os temores do mercado em relação ao risco fiscal, já que, apesar do projeto poder trazer um alívio para a inflação, deve provocar um aumento nos gastos federais, o que eleva a apreensão do governo desrespeitar o teto de gastos da União.

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Ainda no cenário doméstico, a agenda econômica contou com a divulgação do IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna), que mostrou uma alta a 0,69% em maio, depois de subir 0,41% em abril, de acordo com dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

A queda do principal índice da Bolsa brasileira é sustentada por Weg (WEG3), com desvalorização de 5,93%, seguida de Siderúrgica Nacional (CSNA3), que caiu 4,93%. Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e Locaweb (LWSA3) também registraram perdas, com -4,90%, -4,32% e -3,58%, respectivamente

Do lado oposto, as maiores altas de hoje ficaram para Qualicorp (QUAL3), com valorização de 3,20%; Hapvida (HAPV3), que subiu 3,07%; Cogna (COGN3) e Via (VIIA3), com ganhos de 2,41% e 2,38%, respectivamente.

Internacional

Nos Estados Unidos, as Bolsas também fecharam no vermelho, com Dow Jones perdendo 0,81%%; S&P 500 com queda de 1,08% e Nasdaq registrando desvalorização de 0,73%. O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em alta de 0,31%, a R$ 4,88.

Segundo o head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno, os EUA mantêm o temor em relação às altas de juros: “Os analistas estão discutindo o quanto que o Federal Reserve (banco central norte-americano) conseguirá elevar os juros sem que isso interfira na economia e reverta isso para uma recessão econômica”.

As ações europeias seguiram o mesmo caminho de queda, em meio aos temores sobre a desaceleração do crescimento econômico. Por lá, investidores se preparam para as reuniões do Banco Central Europeu (BCE) que acontecerão amanhã (9).

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