Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) – A bolsa paulista tinha mais uma sessão negativa nesta quarta-feira, enfraquecida ainda por receios com os efeitos fiscais por causa da proposta do governo brasileiro para controlar os preços de combustíveis e viés de baixa em Wall Street.
As discussões sobre a desoneração de combustíveis continuam no foco de atenções, uma vez que, apesar de um esperado alívio na inflação, devem provocar um aumento importante nos gastos federais, o que aumenta o risco fiscal do país.
A votação do projeto que limita a alíquota de ICMS sobre gás, combustíveis, energia, comunicações e transporte coletivo é esperada para a próxima segunda-feira.
Há também expectativa da Casa votar junto com o projeto sob sua responsabilidade duas Propostas de Emenda à Constituição (PEC), uma prevendo compensação a entes federativos que toparem zerar suas alíquotas sobre GLP e diesel e outra visando a competitividade de biocombustíveis como o etanol.
Em Nova York, o S&P 500 tinha decréscimo de 0,5%, com preços mais altos do petróleo alimentando preocupações com a inflação global, além de algum enfraquecimento no rali das ações de tecnologia e crescimento.
DESTAQUES
– VALE ON caía 1,2%, em sessão de realização de lucros, após começar junho com força. Até a véspera, o papel acumulava elevação de mais de 5%.
– PETROBRAS PN tinha variação positiva de 0,3%, em nova sessão de alta do petróleo no exterior, embora sem muito fôlego após três altas seguidas.
– QUALICORP ON avançava 3,9%, ensaiando uma recuperação após um começo de semana mais negativo, quando acumulou declínio de 6,65%. No setor de saúde, HAPVIDA ON também reagia e subia 2%.
– MINERVA ON perdia 2,15%, maior queda do Ibovespa. O CEO da empresa afirmou à Reuters na véspera que pecuaristas do Brasil devem diminuir o volume de gado que será enviado para confinamento no segundo semestre.