O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou em junho alta de 0,69%, ante 0,59% no mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (24).
Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
O resultado levou o índice a acumular em 12 meses inflação de 12,04%, ainda quase 2,5 vezes o teto da meta oficial para a inflação este ano, que é de 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, medida pelo IPCA –já abandonada pelo Banco Central.
A leitura para o dado em 12 meses também ficou acima da expectativa, de um avanço de 11,98%.
O reajuste de até 15,5% dos planos de saúde acabou apagando o alívio proporcionado pela entrada em vigor da bandeira tarifária verde para as contas de energia.
Por outro lado, a alta dos preços do grupo Transportes desacelerou a 0,84% em junho, contra 1,80% em maio, graças à queda de 0,55% nos combustíveis, após avanço de 2,05% no mês anterior.
De acordo com o IBGE, embora o óleo diesel tenha subido 2,83%, o etanol e a gasolina caíram 4,41% e 0,27%, respectivamente.
Também tiveram queda os preços da energia elétrica, de 0,68%, devido à entrada em vigor a partir de 16 de abril, da bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
A alta do grupo Alimentação e bebidas desacelerou a 0,25% em junho, contra 1,52% em maio, com os preços dos alimentos para consumo no domicílio apresentando variação positiva de 0,08%.
O Banco Central segue em sua batalha contra a inflação e na semana passada elevou a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto percentual, a 13,25% ao ano, seguindo a indicação de que reduziria a intensidade de seu ciclo de aperto monetário, mas disse que antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude, na reunião de agosto.
As mais recentes projeções do BC apontam para um IPCA de 8,8% ao final deste ano e de 4,0% em 2023, com a autoridade monetária já sinalizando que tentará levar a inflação a um patamar em torno da meta, não exatamente em cima do alvo.