“Nosso ponto de vista otimista em relação ao Brasil sempre foi baseado na história global… No entanto, acreditamos que os próximos meses serão dominados pelo fluxo de notícias doméstico, que geralmente não é uma fonte de boas notícias”, afirmaram.
Eles revisaram recentemente o cenário-base para o Ibovespa no final do ano para 125 mil pontos, de 133 mil pontos anteriormente. Apesar do ajuste, tal prognóstico ainda sugere uma alta de quase 27% em relação ao fechamento do Ibovespa na última sexta-feira, a 98.672,26 pontos.
“A narrativa local provavelmente é um solavanco no que talvez seja a melhor oportunidade de valor dentro dos mercados emergentes considerando o cenário global, mas impedirá que os mercados melhorem nos próximos meses”, escreveram Emy Shayo Cherman e equipe, no relatório.
Para eles, as ações brasileiras devem recuperar os níveis mais altos registrados no primeiro semestre, mas isso só deve ocorrer após as eleições, quando o efeito global se consolida.
No cenário externo, os estrategistas elencam como fatores para o movimento dos mercados no segundo semestre a recuperação macro e dos mercados na China, o pico de uma postura mais agressiva com juros nos Estados Unidos e sustentação de preços elevados de commodities.