Por Howard Schneider
WASHINGTON (Reuters) – O chair do Federal Reserve, Jerome Powell, usou seus primeiros quatro anos no comando do banco central para reformular a política monetária dos Estados Unidos em torno da ideia de que inflação e desemprego baixos poderiam coexistir.
Mas as suposições em que se baseou — uma economia global relativamente sem atritos e com uma cadeia de abastecimento bem lubrificada; um mercado de trabalho norte-americano equilibrado com pouco mais de um emprego aberto para cada desempregado — foram abaladas por eventos que parecem ter colocado as duas metas do Fed, de pleno emprego e inflação moderada, de volta em oposição.
A taxa de desemprego atual de 3,6% é mais semelhante aos anos 1950 e 1960, com os trabalhadores exercendo influência para negociar salários mais altos e, dada a pandemia, condições melhores de trabalho.
A inflação, no entanto, está subindo a mais de 8% ao ano, deixando as autoridades do Fed em uma encruzilhada sobre como domá-la e enfrentando a possibilidade de que sua “trajetória estreita” de volta ao mundo pré-pandemia de desemprego e inflação baixos possa ter sido fechado.
Em novas projeções, elas também darão sua visão do que está em risco e do preço que a economia pode pagar através da desaceleração do crescimento e do aumento do desemprego para colocar a inflação de volta em linha.