Por Marianna Parraga e Sabrina Valle
HOUSTON (Reuters) – A Petrobras comprou sua primeira carga de petróleo da Guiana para refino no mercado interno, disse a empresa à Reuters, num momento em que o mais novo produtor da América do Sul expande seu alcance de mercado.
“A Petrobras monitora constantemente o mercado internacional de petróleo em busca de diferentes fornecedores e novas produções em todo o mundo”, disse um porta-voz da empresa em comunicado.
A carga de 1 milhão de barris de petróleo do FPSO Liza Destiny partiu na segunda-feira a bordo do navio-tanque Cascade Spirit, com bandeira das Bahamas. A embarcação planeja desembarcar no Brasil no final do mês, segundo dados do Refinitiv Eikon, que não identificaram um porto de chegada.
Desde janeiro, a refinaria Mataripe, operada pela Acelen e controlada pelo Mubadala, comprou dois carregamentos de petróleo do Liza que marcaram as primeiras importações brasileiras de petróleo da Guiana.
“A seleção dos tipos de petróleo varia de acordo com os cenários econômicos, procurando identificar aqueles que podem atender a demanda nacional e internacional de produtos refinados visando maior rentabilidade para a Petrobras”, acrescentou a empresa.
A Guiana está prestes a se tornar uma potência energética após descobertas de 11 bilhões de barris de petróleo e gás recuperáveis. O país exportou quase 37 milhões de barris em 2021, em apenas seu segundo ano de produção.
A Exxon Mobil, operadora das duas plataformas do país, disse que a companhia e seus parceiros CNOOC e Hess Corp planejam produzir até 1,2 milhão de bpd de petróleo e gás até 2027.