No entanto, esse ritmo de crescimento do emprego está abaixo das 569 mil vagas adicionadas mensalmente de janeiro de 2021 a fevereiro deste ano, desaceleração que muitos economistas anteciparam –e que o Fed tem motivos para saudar–, dada a atual baixa taxa de desocupação, que permaneceu em 3,6% em maio.
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“O crescimento da folha de pagamento entrou em uma marcha mais lenta nesta primavera (nos EUA), mas falar de uma recessão iminente não passa de alarmismo”, escreveu Gregory Daco, economista-chefe da EY-Parthenon, observando que os Estados Unidos estão agora a menos de 1 milhão de empregos do pico atingido pouco antes do início da pandemia de coronavírus.
O ritmo anual de crescimento salarial desacelerou ligeiramente e a força de trabalho aumentou em 330 mil, ambos desenvolvimentos que os formuladores de política monetária do Fed esperam que continuem.
No contexto de uma inflação que roda três vezes acima da meta de 2% do Fed, no entanto, o combo de dados na melhor das hipóteses sinaliza moderação, num momento em que as autoridades do Fed dizem que provavelmente continuarão com uma série de aumentos de 0,50 ponto percentual nos juros até que haja evidências convincentes de que a dinâmica dos preços e dos salários está a abrandar.
O relatório de empregos de maio é um dos últimos dados de alto perfil que as autoridades do Fed levarão para a próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) em 14 e 15 de junho, ao fim da qual se espera novo aperto de 0,50 ponto. Na ausência de um grande choque, os formuladores de política monetária devem aprovar outro acréscimo de 0,50 ponto em julho.
Mas o relatório de emprego de maio, novas estatísticas sobre preços ao consumidor a serem divulgadas na próxima sexta-feira e outros dados econômicos futuros moldarão o debate sobre o que acontecerá a seguir.