O PMI da indústria ficou em 54,1 em junho, pouco alterado em relação à leitura de 54,2 em maio, sinalizando a continuidade da recuperação do setor ao permanecer acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.
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“O setor industrial teve bom desempenho em junho, permanecendo resiliente diante de numerosos desafios como inflação alta, aumentos agressivos dos juros, crise do custo de vida, gargalos da cadeia de oferta e a guerra na Ucrânia”, destacou a diretora associada de economia da S&P Markit, Pollyanna De Lima.
O mês de junho marcou a quarta alta mensal na entrada de novos negócios em meio à melhora das condições de demanda interna. Entretanto, o aumento dos novos negócios desacelerou em relação a maio, contido pela demanda global mais fraca e pelas pressões inflacionárias.
De fato, as restrições de gastos entre clientes estrangeiros e os aumentos de preços provocaram nova queda nas novas encomendas de exportação, a quarta seguida, embora no ritmo mais fraco desde março.
Assim, a combinação de aumento das novas encomendas nacionais e da capacidade sustentou nova expansão da produção.
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Isso mesmo com os produtores indicando mais pressões dos custos, derivados de volatilidade dos preços de energia, restrições de exportação, escassez global de insumos, força do dólar e guerra na Ucrânia, listou a S&P Global.
Os custos adicionais foram transferidos aos clientes em junho, já que as empresas buscaram proteger suas margens, e a inflação dos preços cobrados foi a uma máxima de três meses.
Ainda que os empresários do setor industrial tenham permanecido confiantes sobre um aumento da produção ao longo dos próximos 12 meses, o sentimento geral atingiu uma mínima de três meses em junho, devido às preocupações com a inflação e a taxa de juros elevada.
“De certa forma, as fortes pressões de preços e aumento da taxa de juros afetaram a confiança empresarial, uma vez que as empresas avaliaram seus impactos negativos sobre o consumo e o investimento”, disse De Lima.