O Nubank, maior fintech da América Latina, está superando as expectativas de crescimento no México, disse o presidente-executivo, David Vélez, em entrevista à Reuters.
“Achamos que seria difícil superar os índices de crescimento do Brasil no México, mas agora vemos as operações lá com taxas de crescimento maiores.”
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Em um ano e meio, o Nu Mexico atingiu 2,1 milhões de clientes, equivalentes a 2,2% da população adulta do país. No Brasil, o Nubank anunciou no primeiro trimestre ter atingido 53,9 milhões de clientes, cerca de 30% da população adulta, depois de nove anos.
O Nubank tornou-se o maior emissor de novos cartões de crédito no México depois de 18 meses, enquanto no Brasil a meta só foi atingida em cinco anos.
A competição no setor financeiro é menor no México do que no Brasil, disse Vélez. Quase 90% dos mexicanos não tem acesso a cartões de crédito, segundo uma pesquisa da Comisión Nacional Bancaria y de Valores.
Agora a fintech que tem entre seus investidores a empresa de Warren Buffett, Berkshire Hathaway, e o Softbank Group Corp quer acelerar o crescimento no México com a maior parte de um crédito de US$ 650 milhões tomado em abril para expansão das atividades internacionais.
“Há uma grande oportunidade de crescimento no país”, afirmou. Embora Vélez se diga desapontado com a queda de quase 60% das ações do Nubank neste ano, ele afirma que todo o setor de tecnologia está sofrendo.
Por outro lado, o menor interesse dos investidores reduz a competição com o Nubank por potenciais aquisições de startups e pode facilitar o fechamento de negócios, na América Latina, principalmente Brasil, e nos Estados Unidos.
David Vélez diz não estar preocupado com o aumento dos índices de inadimplência, que permaneceu “artificialmente baixa” durante a pandemia. O Nubank tem um volume de depósitos de US$ 12 bilhões, cerca de quatro vezes superior à carteira de crédito, o que reduz o risco. A fintech também tem uma grande posição de caixa vinda dos recursos levantados no IPO.