Por volta de 11h15, as ações preferenciais da dona da marca Havaianas tinham elevação de 2,1%, a R$ 21,34, entre as maiores altas do Ibovespa, tinha queda de 0,1%. No mês, porém, o papel ainda recua cerca de 2,5%, contra avanço de quase 11% do índice do setor de consumo na bolsa paulista.
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O desempenho das operações da companhia no exterior no segundo trimestre frustrou analistas, derrubando as ações na ocasião da divulgação do balanço no começo do mês.
De acordo com o relato dos analistas do JPMorgan sobre a sinalização da empresa, a Europa está apresentando bons níveis de estoque, o que ajudou a capturar a demanda sazonal, enquanto a Ásia continua sendo impactada por lockdowns na China, mas agora a reabertura aumentou um pouco as vendas novamente.
Nos Estados Unidos, a empresa ainda experimenta um ambiente desafiador devido à mudança no formato de venda na plataforma Amazon, embora compensado por tendências positivas em varejistas especializadas e lançamento de site próprio.
“Ainda assim, Funari está confiante com o poder de precificação da Alpargatas, uma vez que a empresa conseguiu repassar 117% da inflação de custos no segundo trimestre versus 70% de uma marca premium típica”, escreveram.
O executivo, de acordo com os analistas, compartilhou mais detalhes sobre a reorganização da produção e logística que a empresa começou a implementar. A Alpargatas está reformando suas fábricas para reduzir as ineficiências de estoque, principalmente na produção destinada ao mercado internacional.
“Nesse contexto, Funari acredita que os benefícios financeiros dessa iniciativa devem ser filtrados para o resultado (P&L) até o primeiro semestre de 2023 e a empresa vê até 2 pontos percentuais de ganhos de margem”, afirmou a equipe do JPMorgan.