A leitura divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters e igualou também a taxa vista no trimestre encerrado em dezembro de 2015.
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A taxa de desemprego brasileira voltou a ficar em apenas um dígito depois de ter chegado perto de 15% com as medidas de restrição contra a Covid-19. O mercado de trabalho vem se recuperando, mas ainda é marcado por uma informalidade recorde.
“É possível observar a manutenção da tendência de crescimento da ocupação e uma queda importante na taxa de desocupação”, disse a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.
Nos três meses até julho, eram 98,666 milhões de pessoas ocupadas no Brasil, um recorde na série histórica iniciada em 2012. Houve aumento de 2,2% em relação ao trimestre até abril e de 8,8% sobre o mesmo período do ano anterior.
Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiram um total de 35,801 milhões, enquanto os que não tinham carteira eram 13,075 milhões nos três meses até julho, também recorde para a série histórica.
Segundo o IBGE, duas atividades influenciaram mais a queda do desemprego em julho, embora nenhum grupo tenha apresentado perda de ocupação.
Em “Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas”, houve acréscimo de 692 mil pessoas no mercado de trabalho em comparação com o trimestre anterior, enquanto o setor de “Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, registrou aumento de 648 mil pessoas.
“A última vez que houve crescimento significativo (da renda) foi há exatos 2 anos, no trimestre encerrado em julho de 2020”, disse Beringuy.