Um dos dados que sustenta essa tese de recuperação é o faturamento. Segundo o estudo, que ouviu 156 empresas de diferentes áreas de atuação e portes, em 2021 o percentual de empresas com crescimento negativo ou zero reduziu para 21%. Em 2020, eram 39%, e antes da pandemia, em 2019, 26%. Entre as empresas participantes, 65% esperam dobrar o faturamento neste ano.
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“Todas as fintechs têm em comum o pioneirismo de entrar em um mercado sub-atendido usando a receita certa. Hoje, o desafio é crescer e gerar rentabilidade em um cenário de escassez de capital para investimentos”, diz o especialista.
Em busca de investimentos
O estudo mostra que 80% das fintechs estão buscando ou planejam buscar investimentos nos próximos 12 meses. Nesse grupo, 60% miram valores entre R$ 1 milhão e R$ 30 milhões. Entre as que receberam aportes, 49% informaram ter captado entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões, volume semelhante aos patamares pré-pandemia.
“A pandemia foi abrasiva para a economia nacional como um todo. O que percebemos foi a resiliência na forma de atuar das fintechs e a recuperação tem acontecido. Os novos investimentos que esses negócios receberam também contribuem com esta análise”, aponta Ruivo.
A maioria das fintechs pesquisadas (69%) financia as atividades com recursos dos próprios empreendedores, já que a crise reduziu o apetite dos investidores de risco. A pesquisa mostra que, atualmente, há pouca disponibilidade de capital para financiar a inovação das startups.
Isso ocorre, segundo a PwC, por causa do congelamento de investimentos causado pelo período eleitoral brasileiro. Além disso, o cenário macroeconômico gerou incertezas em relação a preços e juros, secando as fontes de capital disponíveis para essas empresas fazerem IPO tanto no Brasil como no exterior.
Desde 2019, caiu de 18% para 8% o percentual das fintechs que pretendiam abrir capital fora do país.
Apesar disso, há um clima de otimismo em relação às expectativas para os próximos meses. Entre as empresas participantes da pesquisa, 65% esperam dobrar o faturamento ainda neste ano.
Open banking e pix são as apostas das fintechs
As fintechs brasileiras miram no open banking e no pix para diversificar a oferta de produtos e serviços para atrair clientes.
De acordo com a pesquisa, 72% já estão desenvolvendo soluções alinhadas com as regulamentações necessárias. Entre as pesquisadas, 79% afirmam já é possível observar os benefícios das iniciativas ou preveem resultados positivos em até um ano.
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