Esta é a segunda redução nos preços do combustível pela Petrobras este ano. A primeira, de 3,56%, entrou em vigor na sexta-feira passada (5), mas as cotações ainda estão em patamares elevados –em janeiro, a petroleira vendia o diesel a R$ 3,61 o litro.
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“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, disse a companhia em nota.
O preço médio do combustível no Brasil chegou a ficar R$ 0,76, ou 17%, mais caro do que no exterior, na última terça-feira. O relatório desta quinta aponta para uma diferença positiva de R$ 0,60, ou 13%, segundo dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).
A redução de 22 centavos pela Petrobras, portanto, ainda ficou abaixo da diferença observada nos últimos dias, o que é importante para garantir o abastecimento do país.
“O mercado de diesel ainda está muito volátil por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia e possível corte de gás para Europa. Novos movimentos podem acontecer, mas nesse momento a Petrobras tinha uma defasagem de 23% e tinha espaço para reduzir”, disse à Reuters o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infrestrutura (CBIE) Pedro Rodrigues.
“Ainda tem muita volatilidade no mercado e a previsão de recessão econômica pode realmente reduzir o patamar de preços”, comentou o ex-diretor da reguladora ANP Helder Queiroz.
Em outra linha, o economista Aurélio Valporto, da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), avalia que a redução poderia ser ainda maior se o país fosse autossuficiente na produção e se a companhia não praticasse o Preço de Paridade de Importação (PPI).
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