Felipe Thut, diretor do Bradesco BBI, banco de investimento do Bradesco , espera que a emissão de dívida local atinja 430 bilhões de reais este ano, com crescimento de cerca de 30% em relação ao ano passado. “Hoje o volume de emissões de dívida em reais equivale ao dobro da média emitida em 2020, mesmo com juros bem acima do nível daquela época”, afirmou Thut.
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O volume de emissões de ações caiu 53,5% em dólares neste ano e o de fusões e aquisições também está 31% abaixo do mesmo período há um ano, segundo dados da Refinitiv. Incertezas relacionadas à eleição presidencial estão afetando os negócios, assim como a volatilidade nos mercados de juros internacionais.
O grande fluxo de recursos para fundos de renda fixa estimula a demanda por dívida privada, diz Thut.
Outro fator é que a economia está crescendo neste ano mais do que as empresas esperavam inicialmente, o que faz as empresas captarem recursos para financiar expansão.
O executivo do Bradesco BBI acredita que as emissões de ações, principalmente aberturas de capital (IPOs) podem voltar a crescer assim que o mercado tiver visibilidade de quando o Banco Central pode começar a trajetória de redução das taxas de juros. Índices mostraram deflação no mês passado com queda dos preços de combustíveis.
Thut afirma que o Bradesco BBI não fará mudanças no time de banco de investimento neste ano apesar da flutuação dos volumes, já que o banco espera uma recuperação das emissões de ações no médio prazo.