Porém, há algo mais importante do que a variação dos juros propriamente dita. É a sinalização, por parte do Fed, das expectativas futuras para a inflação e para os juros.
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Juros americanos em alta aumentam a rentabilidade das aplicações de renda fixa nos Estados Unidos. Isso faz com que investidores chineses, europeus e latino-americanos resgatem suas aplicações financeiras nas moedas de seus países e invistam em dólares. O resultado é um aumento da demanda: haverá mais gente querendo comprar dólares.
Apesar de não parecer, os preços das moedas (a taxa de câmbio) se comportam exatamente como o preço do tomate na feira. Quando há mais pessoas querendo comprar, os preços do tomate sobem. Assim, quando os juros americanos sobem, a consequência é uma apreciação do dólar frente à demais moedas?
Até quanto o dólar pode subir?
Difícil prever. Na avaliação de Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da corretora de ouro e câmbio Ourominas, o dólar deve continuar volátil entre R$ 5,20 e R$ 5,30 até haver uma definição das expectativas dos investidores. Já os especialistas da Travelex avaliam que pode haver novas altas do dólar em relação ao real. No mercado internacional, o dólar vem ganhando força em comparação com outras moedas de referência – euro, yuan, iene, libra esterlina e franco suíço – e esse movimento deve se estender ao real.