Segundo o levantamento, 76% das empresas entrevistadas tiveram que cortar custos durante a pandemia para sobreviver. Porém, os executivos agora admitem que as decisões sobre os gastos atuais e futuros precisam estar de acordo com as prioridades estratégicas de crescimento, sustentabilidade e inovação.
“A pandemia mudou os parâmetros. Foram quase três anos em que a forma de consumir das pessoas mudou e os negócios precisam se atualizar. À medida que as empresas saíram do modo de sobrevivência, os líderes se deram conta de que precisam de novas referências para ganhos e custos”, afirma Robert Willems, diretor administrativo sênior da Accenture.
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“Hoje, esse trabalho de planejamento começa com um papel em branco. O momento é de identificar novos parâmetros e por qual caminho a empresa vai seguir. Por isso os custos não são vistos como meros custos, mas como oportunidade de transformação do negócio e crescimento”, diz o diretor.
Diferentemente de como acontecia no passado, quando os planos de crescimento tinham como foco duas ou três áreas específicas do negócio, hoje a maioria dos executivos (96% dos respondentes) pensa que a abordagem deve ser holística, ou seja, contemplar todas as áreas da empresa e não ser motivada apenas por aspectos financeiros.
“É necessário pensar soluções para esses problemas com o uso de tecnologia e de dados analíticos. Aqueles que repensarem a base de custo e as formas de operação dessa maneira irão além da sobrevivência”, diz o diretor.
Tecnologia como aliada dos custos
Análise de dados, automação de processos e inteligência artificial são algumas das formas de implementar tecnologia de forma eficiente, segundo o diretor da Accenture. “A tecnologia oferece a oportunidade de redução de custos de forma inteligente e eficiente. Não existe mais a possibilidade de crescer e se reinventar sem um bom uso da tecnologia”, diz Willens.
Grande parte dos executivos já entende isso: 61% dos entrevistados disseram que estão investindo em tecnologias como inteligência artificial, ferramentas digitais e segurança cibernética para otimizar as operações.
“Isso só é possível ao ter uma abordagem cirúrgica dos negócios da empresa, de forma a reconhecer onde é possível transferir recursos, implementar tecnologia para reduzir custos e melhorar os processos de forma estratégica, não com enxugamentos visando apenas o financeiro”, diz Willens.
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