O alvo da plataforma são empreendedores com faturamento mensal de até R$ 10 mil. Como nesse público é frequente o uso das contas para uso pessoal e de negócios, o iti incluiu a função “Meu Negócio”, eliminando a necessidade de abrir outra.
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A iniciativa ocorre quase três anos após a plataforma ter surgido como carteira digital e gradualmente agregado funções de banco digital e ampliado esforços para ganhar escala. Hoje, sua base de clientes é de aproximadamente 18 milhões de pessoas.
Segundo diretor do iti Itaú, o português João Araújo, o movimento atende a um pedido dos próprios clientes, que muitas vezes usam contas pessoa física para movimentar valores de pequenos negócios próprios.
Mas a estreia nesse nicho chega anos após rivais como Nubank, PicPay, inter e Mercado Pago, do Mercado Livre, terem se estabelecido nesse mercado, estimado em cerca de 35 milhões de pessoas no país.
“Vamos partir para o ataque”, acrescentou, reverberando o que disseram na semana passada executivos do Itaú Unibanco durante encontro anual com investidores, ao comentarem sobre mudanças em curso para tornar o banco mais competitivo com os bancos digitais.
O executivo citou que, embora tenha uma base menor do que os maiores players em bancos digitais, o iti tem multiplicado rapidamente a recorrência de uso da plataforma, o que aumenta as chances de rentabilizar o negócio.
Isso é o que os rivais têm buscado, num momento em que taxas de juros crescentes no mundo têm levado investidores de capital de risco a ficarem mais exigentes com negócios de tecnologia baseados em crescimento acelerado.
O executivo disse ainda que a operação de produtos mais complexos, como empréstimos, é um desafio muito grande com pequenos empreendedores, nicho que costuma exibir níveis de inadimplência maiores.
“Sabemos que não é trivial dar crédito para esse público”, disse o executivo.