Em 1992, quando Romanini assumiu a companhia, a possibilidade de fabricar insumos não estava no projeto da família. O negócio era a revenda dos produtos. “Era onde o dinheiro estava, mas eu queria ir em frente”, diz Romanini.
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São oito fábricas, incluindo a sede, mais as unidades de Ituverava, Serrana e Artur Nogueira (SP), além de Paraopeba e Patos de Minas (MG), e quatro centros de distribuição.
As viradas no negócio foram determinantes para o que aconteceu no dia 1º de setembro de 2021, quando a empresa abriu seu capital na B3. A primeira dessas viradas ocorreu em 1998 e mudou a escala de grandeza da companhia, com a inauguração da primeira fábrica. “Quando a gente entrou nos fertilizantes especiais, o caminho começou a se abrir em todo o país”, diz ele.
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Nos anos 2000, o crescimento da companhia passou a chamar a atenção dos fundos de investimento, que iniciaram um movimento de aproximação. “Acreditamos nesse tipo de negócio, mas queríamos uma transação em que a família continuasse com o controle do negócio”, diz o empresário.
As conversas foram longas e se estenderam de 2009 a 2014, quando, finalmente, o acordo foi fechado com a BRZ Investimentos, gestora de recursos não ligados a instituições financeiras. “Encaixou, porque ela era minoritária na operação, ao mesmo tempo que houve uma pequena capitalização”, diz o executivo.
O aporte foi de cerca de R$ 60 milhões, em valores da época. Com a entrada do fundo, que Romanini considera o segundo principal acontecimento de seu negócio, deu-se um processo acelerado de governança, em busca do passo seguinte: o IPO. “Lá em 2016, nós fizemos um planejamento estratégico em que estava muito claro qual era o caminho”, afirma.
Nesse mercado, com possibilidade de chegar em 2026 movimentando globalmente US$ 18,5 bilhões, o Brasil pode ser um protagonista. “A evolução desses produtos está tão grande que já tiramos lavouras com 100% de biológico produzindo mais do que com os insumos químicos.”
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