A decisão da Adidas ocorreu após as declarações antissemitas de West, um pesadelo de relações públicas para a empresa cujas ações já estavam caindo devido à baixa nas vendas. O cancelamento da linha Yeezy da West, veio após a revisão para baixo, na quinta-feira (20) na margem de lucro esperada para 2022. A projeção foi reduzida 7% para 4% devido a um excesso de estoques e uma deterioração nas vendas de vestuário e calçados na China.
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Enquanto as ações da Adidas caíam, os papéis da concorrente Nike subiram 1,3%. O analista da Evercore ISI, Omar Saad, disse que a “divergência parece estar aumentando” entre os varejistas.
Declarações racistas
A Adidas informou no dia 6 de outubro que havia colocado sua parceria com West sob revisão depois que o rapper usou roupas associadas a um grupo supremacista branco em seu desfile de moda Yeezy em Paris. Porém, a empresa não havia comentado o caso até hoje. A varejista de luxo Balenciaga cortou os laços com West na sexta-feira (20) e a agência de talentos CAA fez o mesmo na segunda-feira (24).
Sherman chamou de “absolutamente certa” a decisão da Adidas de se desvincular de West quando a opinião pública se voltou contra o rapper, apesar de observar o quanto essa decisão vai afetar os resultados da empresa no curto prazo. Segundo estimativas da Forbes, a parceria com a Adidas rendeu a West US$ 220 milhões por ano. Isso é 27,5 vezes mais que a remuneração do CEO da Adidas, Kasper Rorsted, que foi de US$ 8 milhões no ano passado.