Mas em outros lugares, a liga está avançando. Seu acordo coletivo com os jogadores está cimentado por mais oito anos, e os acordos insanamente lucrativos com empresas de mídia para transmissão de jogos vão até 2033.
Quanto ao time de Kraft, o New England Patriots, precisamos mencionar que seu recorde de 11 Super Bowl fizeram deles o time mais invejado em todos os lugares, exceto em sua terra natal.
A Forbes avaliou os Patriots este ano em US$ 6,4 bilhões, segundo mais valioso da liga, e o próprio Kraft em US$ 10,6 bilhões, que se posiciona em 59º na lista Forbes 400.
Mas olhando para trás, aos 81 anos, em tudo o que ele realizou, isso tudo não parece importar tanto quanto costumava. “Minha paixão neste momento da minha vida”, disse Kraft à Forbes, “é minha filantropia”.
Sua mais recente doação foi de US$ 50 milhões por meio de sua fundação familiar para o Massachusetts General Hospital, ou MGH, onde seu filho, Jonathan Kraft, é presidente do conselho.
“Pessoas como eu, que tiveram o privilégio de se sair muito bem na vida, precisam garantir que as desigualdades de qualquer tipo sejam corrigidas da melhor maneira possível”, disse Kraft em uma ampla entrevista na qual insistiu que fosse tratado como “ RKK” porque é assim que seus amigos o chamam.
Kraft disse que parte da doação financiará pesquisas sobre anemia falciforme, uma doença do sangue que afeta um em cada 13 bebês negros. O bilionário deu crédito aos jogadores dos Patriots, Matthew Slater, Devin McCourty e Jason McCourty, por ensiná-lo sobre a célula falciforme e notificar sobre o subfinanciamento da campanha para encontrar uma cura. Em 2019, os irmãos McCourty ajudaram a arrecadar US$ 250 mil para pesquisas.
“Eu não sabia que era algo que afetava principalmente a comunidade negra”, disse Kraft. “Se fosse uma doença na comunidade branca, o dinheiro da pesquisa teria sido dedicado e teríamos uma solução para isso.”
O casal tinha todos os recursos disponíveis, e a doença e a morte de Myra ainda estavam cheias de estresse e incerteza, disse Kraft. Isso o levou a pensar em famílias de origem humilde, que têm as mesmas cargas diárias de um grave problema de saúde, mas sem o mesmo acesso.
“Quando ela adoeceu e morreu”, disse Kraft, “comecei a pensar no que ela gostaria e a respeitar o seu estilo de vida”. A doação ao MGH eleva sua contribuição total para a instituição a cerca de US$ 75 milhões desde 2010. O MGH disse que a Kraft apoiaria uma posição permanente com seu nome que visaria diversidade, equidade e inclusão no atendimento clínico.
O Massachusetts General Blood Donor Center será renomeado em homenagem à família Kraft, e os fundos também continuarão a apoiar o Kraft Center for Community Health, que recebeu o nome da família em 2011. “A maior parte de nossas doações servem para construir pontes e coisas que unam as pessoas”, disse Kraft.
Esse problema pode ser resolvido na próxima semana, quando os donos das equipes se reúnem em Nova York.
Enquanto isso, Kraft está de olho em seu legado. “Espero que dêmos o exemplo”, disse ele. “Isso pode influenciar outras pessoas que tiveram alguns dos mesmos privilégios e benefícios a tentar fazer coisas para acabar com as desigualdades que existem.”