Temendo que o rápido crescimento dos preços esteja se tornando arraigado, o BCE está aumentando os juros no ritmo mais rápido de que há registro, com mais altas praticamente certas já que desfazer uma década de estímulo pode muito bem tomar o próximo ano e além.
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O BCE também cortou um subsídio importante aos bancos, mas não deu nenhuma pista sobre os planos de começar a reduzir sua carteira de títulos depois de acumular trilhões de euros em dívidas emitidas pelos governos da zona do euro desde 2015.
“O Conselho do BCE tomou a decisão de hoje, e espera aumentar ainda mais as taxas de juros, para garantir o retorno oportuno da inflação para…2%”, disse o BCE.
Os mercados esperam que a taxa de depósito atinja 2% em dezembro, depois chegue a um pico de cerca de 3% em algum momento de 2023, embora a perspectiva excessivamente volátil torne esse cronograma propenso a mudanças.
O BCE também deu os primeiros passos nesta quinta-feira para encolher seu balanço patrimonial de 8,8 trilhões de euros, uma medida que deve aumentar ainda mais os custos de empréstimos e pode funcionar como uma espécie de aumento disfarçado de juros.
Em uma medida que pode ser criticada pelos bancos comerciais, o BCE reduziu o subsídio que fornece a esses credores por meio de 2,1 trilhões de euros em empréstimos ultrabaratos de três anos chamados Operações de Refinanciamento Direcionadas de Longo Prazo, ou TLTROs.
“Em vista do inesperado e extraordinário aumento da inflação, ela precisa ser recalibrada para garantir que seja consistente com o processo mais amplo de normalização da política monetária e para reforçar a transmissão dos aumentos da taxa básica de juros às condições de empréstimos bancários”, afirmou.
Em outra mudança, o BCE também disse que as reservas mínimas serão remuneradas pela taxa de depósito, em vez da taxa principal, que está 0,50 ponto maior.
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