A icônica bolsa de luxo Birkin, da Hermès, vai custar mais caro a partir de 2023, informou a marca de luxo em uma teleconferência de resultados na semana passada.
O aumento previsto pela Hermès será entre 5% e 10%, a nível mundial, ainda em janeiro do próximo ano. O piso considerado fica próximo do aumento médio deste ano, que foi de 4%, mas muito acima da média dos anos anteriores, de cerca de 2%.
Atualmente uma Birkin 25 em couro do Togo custa € 7.400 (R$ 38.640) na França, disse Halgouet. Um aumento máximo de 10% elevaria o valor da bolsa para € 8.140 (R$ 42.500), enquanto o mínimo de 5% colocaria o artigo de luxo na faixa de € 7.770 (R$ 40.570).
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A Hermès detém um grande poder de precificação em suas bolsas Birkin por ser considerada uma das marcas mais exclusivas do setor de luxo, com a produção limitada intencionalmente. O estoque das bolsas Birkin é baixo e a distribuição dos produtos é controlada.
A empresa francesa possui cerca de 300 lojas no mundo, quantidade similar ao de uma década atrás, ainda que a demanda e o volume de vendas tenha mais do que dobrado no mesmo período.
No terceiro trimestre deste ano, a Hermès registrou um avanço de 24% nas receitas na comparação anual, para € 3,13 bilhões, excluindo as oscilações cambiais. A margem operacional recorrente da empresa está na faixa dos 40%.
A receita na região da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão, aumentou um terço. A região representou quase metade das vendas totais da Hermès nos primeiros nove meses do ano. O desempenho é tão favorável que a empresa pretende abrir uma nova loja em Xangai, na China.