A planta, cuja localização ainda não está definida, atenderá prioritariamente o mercado brasileiro, mas também poderá exportar equipamentos para outros países da América do Sul, segundo Roberto Veiga, gerente geral da Goldwind no Brasil.
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A companhia está conversando com os governos de três Estados do Nordeste – Ceará, Pernambuco e Bahia – para a instalação da fábrica.
“Nessa época de eleição isso está um pouco parado, acreditamos que depois que passar esse período eleitoral vamos ter a definição”, disse o executivo.
Ele não revelou o valor dos investimentos para trazer a fábrica ao Brasil, mas afirmou que se trata de um montante “considerável”.
A Goldwind é a segunda maior fornecedora de turbinas eólicas do mundo, segundo ranking da BloombergNEF, e atua no mercado brasileiro desde 2016 com a prestação de serviços de operação e manutenção (O&M) de equipamentos.
Nos últimos anos, a chinesa começou a fechar fornecimento de suas próprias máquinas para projetos eólicos no Brasil, mas vem atendendo esses contratos através de importações.
A entrada da companhia com fabricação local –que possibilita melhores condições de financiamento aos geradores– representa um marco para a indústria eólica brasileira, que viu recentemente a saída da GE, um importante player mundial.
“Demos segurança aos nossos clientes e agora estamos começando a ofertar aos projetos de maneira crescente… Não queremos pegar o mercado de uma vez, vamos trabalhar para pegar confiança dos investidores”, afirmou Veiga.
A Goldwind já instalou mais de 86 gigawatts em turbinas eólicas pelo mundo, com ativos em 32 países e seis continentes.