O Ibovespa iniciou a sessão de hoje (5) em leve queda, com desvalorização de 0,17%, aos 116.035 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da B3 opera na contramão de seus pares globais, que perdem fôlego nesta manhã.
Nos Estados Unidos, a atenção é voltada para a agenda de indicadores. Mais cedo, o ADP divulgou que foram abertos 208 mil postos de trabalho no setor privado norte-americano no mês passado.
Segundo o relatório, os empregadores do setor privado dos EUA intensificaram as contratações em setembro, sugerindo que a demanda por trabalhadores continua forte apesar do aumento da taxa de juros e das condições financeiras mais apertadas.
Os dados de agosto foram revisados para mostrar abertura de 185 mil postos, em vez de 132 mil como relatado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters projetavam criação de 200.000 postos de trabalho no mês.
A espera agora é para o relatório Payroll, que será divulgado na sexta-feira (7). O relatório tem potencial de reforçar expectativas de aumentos de juros na maior economia do mundo.
Até o momento, as autoridades do banco central insistem que nada no mercado global mudou o plano de jogo, mesmo quando analistas examinam cada advérbio nas declarações públicas das autoridades em busca de sinais de que um Fed mais leve pode surgir na reunião do próximo mês.
O início da semana foi marcado por apetite por risco no mundo inteiro, depois que dados norte-americanos de emprego e indústria sugeriram que a economia dos Estados Unidos estaria perdendo fôlego.
Isso levantou esperanças de que o Federal Reserve poderia moderar seu ritmo de aperto monetário de forma a poupar o crescimento, expectativa que foi alimentada na véspera pela decisão do banco central da Austrália de subir sua taxa de juros em dose menor do que o esperado.
O dólar subia frente ao real nesta manhã, com investidores em busca de segurança. A moeda norte-americana tem valorização de 0,63%, a R$ 5,2000.
No cenário doméstico, o Indicador Antecedente de Emprego do Brasil subiu em setembro para o maior nível em quase um ano, indicando um cenário positivo para o mercado de trabalho, de acordo com os dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, teve no mês avanço de 1,5 ponto, chegando a 83,8 pontos, o maior nível desde outubro do ano passado (87,1 pontos).
Ainda sobre indicadores econômicos, a indústria brasileira voltou a registrar queda em agosto, com destaque para as perdas em produtos derivados de petróleo, ainda com dificuldades de deslanchar e retomar o patamar pré-pandemia em um ambiente de juros altos no país.
A produção industrial teve em agosto recuo de 0,6%, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial teve aumento de 2,8%, um pouco melhor que a expectativa de alta de 2,3% na base anual.
(Com Reuters)