Com a medida de inflação preferida do Fed em mais de três vezes sua meta de 2%, o resultado da reunião de política monetária do banco central norte-americano entre terça e quarta-feira não está em dúvida: o Fed aumentará os juros em 75 pontos-base pela quarta vez consecutiva, levando a taxa de empréstimo alvo para uma faixa de 3,75% a 4,00%.
Mas o que vem a seguir é menos claro.
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Definir esse ponto, ou ao menos seus parâmetros, estará sujeito a debate intenso na reunião desta semana do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc).
As projeções divulgadas no final da reunião de 20 a 21 de setembro sugerem que a maioria das 19 autoridades do Fed espera poder começar a desacelerar os aumentos de juros em dezembro e atingir um pico de 4,50% a 4,75% em 2023.
E durante esse período, as autoridades do Fed, com a notável exceção de Powell, ofereceram uma série de opiniões sobre como se posicionam em relação a uma possível desaceleração ou mesmo pausa para aumentos de juros.
A diretora do Fed Michelle Bowman, por exemplo, disse que procurará sinais de que a inflação está caindo antes de buscar reduzir o ritmo dos aumentos de juros. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, sinalizou que ficará confortável se a inflação simplesmente parar de subir.
Não está claro se dois dias de debate serão suficientes para resolver essas diferenças.
O presidente do Fed, em vez disso, prevêem esses economistas e outros, apontará para a gama de dados ainda por vir antes que qualquer decisão seja tomada – incluindo mais dois relatórios mensais sobre a situação do mercado de trabalho dos EUA e, mais importante, novas leituras de inflação .
As apostas nos mercados futuros pesam fortemente a favor de uma desaceleração nos aumentos dos juros a partir de dezembro, mas, por fim, uma taxa do Fed de 4,75% a 5,00%, um pouco mais alta do que as próprias autoridades sinalizaram, no início do próximo ano.
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