Nossa seleção anual de pessoas que se destacam depois dos 50 anos reflete a profusão de cabeças brilhantes – prateadas, brancas ou de qualquer outra cor – em diferentes atividades. Gente que dedicou a vida a uma causa, gente que se reinventou depois de cinco, seis, sete décadas de existência; gente que inspira pelo talento e sabedoria. São 50 homens e mulheres divididos em 10 categorias – que vão do agro às artes, da ciência às finanças, do esporte ao empreendedorismo…
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Um dos grandes exemplos de quem já cruzou a linha do meio século no auge do sucesso e que visivelmente está longe de arrefecer em seu entusiasmo empreendedor é nosso personagem de capa, Nelson Wilians, dono de um dos maiores (se não o maior) escritórios de advocacia do país – e que você vai conhecer melhor a seguir.
AGRO
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Foto: Divulgação “Não me canso de querer salvar vidas e de brigar com o sistema”, diz Henrique Prata, pecuarista e CEO do Hospital de Amor, atual nome do Hospital de Câncer de Barretos (SP).
Criador de gado nelore e cruzados, mais cavalos, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Prata está na ativa desde muito jovem.
Aos 11 anos, já acompanhava o avô e, aos 18, gerenciava oito propriedades.“Sou apaixonado por cria, recria e engorda, e também por montaria.”
No entanto, em 1989, sem montar em um animal, sua vida lhe deu um cavalo de pau, definitivamente. Filho de médico, Prata assumiu um hospital falido e estava disposto a fechá-lo. “Odiava o hospital, porque ele acabou com o que minha mãe havia deixado. Era meu pai o puro amor dedicado a pobres e doentes.”
Hoje, sem exercer a medicina, Prata comanda um império do bem que, em 2023, realizou exatos 1.744.509 atendimentos, para 568.900 pessoas, oriundas de 2.581 municípios do país. São 25 unidades fixas de atendimento e 60 móveis.
E por que ele diz brigar com o sistema? Com tudo de graça, o dinheiro público cobre apenas 20% dos custos. Todos os meses, há um buraco nas contas da ordem de R$ 40 milhões, ou seja, meio bilhão ano que Prata cobre passando o chapéu por onde passa. “Onde tem uma luz que eu possa salvar vidas, eu ponho foco lá.” -
Foto: Divulgação No início de junho, Plinio Nastari, CEO da Datagro, consultoria em São Paulo, estava na China em missão sobre biocombustíveis. O currículo do pós-doutor em economia agrícola é extenso na academia e no protagonismo do setor. Nastari esteve nos embates globais de comércio do agro Brasil. “O agro é apaixonante porque é multidisciplinar”, diz ele. Parte da defesa do Brasil lá fora foi baseada em estudos de sua consultoria, que tem clientes em 51 países. Entretanto, mais do que isso, Nastari atende pedidos de ajuda do governo desde a década de 1980. Não por acaso, é autor no principal Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), consultor do Conselho Mundial de Energia e membro do Comitê Mundial de Açúcar, na ICE Futures (Intercontinental Exchange), em Nova York.
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Foto: Aline Adum Maria Stella Damha, presidente da Damha Agronegócios, comanda 35,4 mil hectares em São Paulo, Goiás e no Piauí. Antes disso, trabalhou por anos em companhias multinacionais e corretoras de valores, até assumir a chefia dos negócios rurais da família, em 2002. Economista e mestre em economia de empresas pela FGV-SP e pela Universidade Bocconi (Milão), para ela, é fundamental combinar performance yield, transformação da terra e sustentabilidade. Maria Stella foi uma das pioneiras, lá atrás, a intensificar a criação de gado em confinamento visando à exportação e abrindo área para grãos. Cultiva soja, milho, cana, feijão e tomate e a “própria terra “. “É traduzir o agro de dentro da porteira para o mercado corporativo e o mercado de capitais, onde a atividade de longo prazo proporciona bom retorno
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Foto: Divulgação As pesquisas de pós-doutorado pelas universidades de Cornell e Califórnia (EUA), mais a de Sevilha (Espanha) levaram a engenheira-agrônoma da Embrapa Soja, em Londrina (PR), a figurar como uma das cientistas responsáveis por estudos que hoje fazem o Brasil economizar pelo menos US$ 40 bilhões, por ano, na compra de fertilizantes. Isso por causa de sua contribuição com as técnicas de fixação de nitrogênio no solo. “Não nasci para rotinas”, diz ela, que é uma voz na disseminação do uso de insumos biológicos no país. Mariangela é de um tempo em que eles eram malvistos no campo, isso há 40 anos. Ela faz parte do comitê coordenador de projetos da Fundação Bill & Melinda Gates, da N2Africa e da Human Capacity Building, além de outros órgãos na Argentina, México, Peru, Espanha, Austrália e França.
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Foto: Divulgação Legado é o que move hoje o professor do Insper e coordenador do Insper Agro Global. Jank vem de família de produtores rurais, nasceu em uma fazenda e se tornou engenheiro-agrônomo. Mas ele voou muito além da porteira. Foi professor por cerca de duas décadas entre USP e FGV, passou pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento; fundou instituições, como o Icone; presidiu outras, entre elas a Unica; e serviu ou ainda é ligado a empresas como Rumo, Minerva Foods e BRF. “Fiquei 12 anos no setor privado e voltei para a academia”, diz ele. “Dar aula para 70 alunos de administração interessados no agro é deixar um legado.” Ele segue nos estudos de projetos sobre as realidades globais. “Penso no Oriente Médio, na Arábia Saudita, por causa do potencial de investimentos.”
“Não me canso de querer salvar vidas e de brigar com o sistema”, diz Henrique Prata, pecuarista e CEO do Hospital de Amor, atual nome do Hospital de Câncer de Barretos (SP).
Criador de gado nelore e cruzados, mais cavalos, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Prata está na ativa desde muito jovem.
Aos 11 anos, já acompanhava o avô e, aos 18, gerenciava oito propriedades.“Sou apaixonado por cria, recria e engorda, e também por montaria.”
No entanto, em 1989, sem montar em um animal, sua vida lhe deu um cavalo de pau, definitivamente. Filho de médico, Prata assumiu um hospital falido e estava disposto a fechá-lo. “Odiava o hospital, porque ele acabou com o que minha mãe havia deixado. Era meu pai o puro amor dedicado a pobres e doentes.”
Hoje, sem exercer a medicina, Prata comanda um império do bem que, em 2023, realizou exatos 1.744.509 atendimentos, para 568.900 pessoas, oriundas de 2.581 municípios do país. São 25 unidades fixas de atendimento e 60 móveis.
E por que ele diz brigar com o sistema? Com tudo de graça, o dinheiro público cobre apenas 20% dos custos. Todos os meses, há um buraco nas contas da ordem de R$ 40 milhões, ou seja, meio bilhão ano que Prata cobre passando o chapéu por onde passa. “Onde tem uma luz que eu possa salvar vidas, eu ponho foco lá.”
ARQUITETURA, DESIGN E MODA
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Foto: Victor Affaro Mesmo depois dos 80 anos, Costanza Pascolato continua a ser uma figura icônica de elegância e estilo. Sua trajetória no universo da moda começou na década de 1970, após um divórcio conturbado, que a fez buscar independência e atualização constante. Ela conta que essa decisão a manteve relevante e atuante no mercado, participando de capas de revista e campanhas de moda até hoje.
Além de suas contribuições ao mundo da moda, Costanza é autora de livros e uma leitora ávida. Ela resume sua visão de mundo com uma frase do historiador inglês James Laver: “A moda nada mais é que o reflexo no espelho do comportamento de uma época”.
Além disso, observa que, atualmente, o marketing de influência é um reflexo da digitalização do mundo e que as marcas de luxo estão se adaptando à demanda por experiências, e não apenas por produtos.
Recentemente, Costanza passou por uma cirurgia no quadril, o que não diminuiu sua visão serena sobre a vida e a finitude. Ela expressa uma aceitação tranquila do fato de que a vida tem um tempo limitado. Essa perspectiva não impede sua contínua curiosidade e alegria de viver, que a mantém atual e envolvida com o presente.
Em uma entrevista à Forbes, ela compartilhou momentos e reflexões que destacam sua vitalidade e sabedoria acumulada ao longo dos anos, reforçando sua posição como uma figura atemporal e influente, tanto no cenário da moda quanto em muitos outros. -
Foto: Rodrigo Zorzi Com mais de 30 anos na incorporação imobiliária, ele segue o legado de inovação de sua família, conhecida pelo espírito empreendedor. “Tive o privilégio de nascer na família Klabin, que tem uma história de realizações notáveis. Meu bisavô chegou ao Brasil em 1889 e fundou as indústrias de papel e celulose. A filha dele se casou com o artista plástico Lasar Segall, que veio ao Brasil fugindo da Primeira Guerra e aqui fez sucesso com obras de arte que estão nas paredes dos museus e residências “, relembra. “Esse legado de inovação e realização faz parte do meu sangue. E é por isso que, aos 60 anos, estou muito empolgado em lançar o Beyond The Club, um complexo que dará a sensação de estar em uma praia, só que em São Paulo.” O empreendimento está previsto para o primeiro semestre de 2025 em Santo Amaro.
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Foto: Henrique Padilha Passar dos 50 anos é uma experiência rica e multifacetada para Marcelo Felmanas, dono da 6F Decorações. “Me sinto bem em todos os aspectos da minha vida; finalmente alcancei um equilíbrio entre trabalho, família e interesses pessoais.” Hoje, ele conta que valoriza mais o tempo de qualidade e menos as correrias do dia a dia, embora as demandas do trabalho ainda façam parte de sua rotina. Felmanas destaca que a experiência e o conhecimento adquiridos ao longo dos anos são essenciais para o trabalho de curadoria no mercado de luxo. Viajar o mundo lhe proporcionou uma bagagem valiosa, e os relacionamentos construídos ao longo dos 30 anos na 6F Decorações são fruto da maturidade. Ele conclui que, com a idade, escolhe melhor as batalhas e busca agradar a si mesmo em primeiro lugar.
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Foto: Bruna Lucena Cássia Ávila começou a modelar aos nove anos, incentivada pela mãe. Natural de Belo Horizonte, ela trabalhou inicialmente na capital mineira e, aos 18 anos, mudou-se para São Paulo e depois para Paris, Nova York e Milão. Seu auge foi nos anos 1990, fazendo campanhas, desfiles e editoriais com muito profissionalismo. Formada em jornalismo em 2000, fez uma pausa na carreira para cuidar das três filhas. Com o advento do digital e do Instagram, marcas continuam a procurá-la para representar mulheres de 50 anos. Recentemente, fez campanhas para Eudora, Reinaldo Lourenço, Gloria Coelho, NK e Swarovski. “Dediquei minha vida à moda, é minha paixão. Sempre disse: ‘Não quero largar a moda, quero que ela me largue’. E, até hoje, graças a Deus, ela nunca me largou.”
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Foto: Luciana Franzoi Esteta multifacetada, ela desenvolveu o olhar apurado para o belo na infância, influenciada por sua avó paterna. Foi na Milão do fim dos anos 1980, onde viveu por 12 anos, que iniciou sua bem-sucedida trajetória no universo criativo. “Na Itália, estudei moda, design, arquitetura e gastronomia.” Ao retornar ao Brasil, trabalhou com decoração antes de lançar sua marca homônima de roupas. “A Isabella Giobbi foi um marco em minha carreira. Com ela, aprendi que minha verdadeira vocação é a criação, não a gestão.” Em 2016, fundou a Casa Operandi, em que reúne todas as vertentes de suas criações. “Hoje, gerencio tanto a Casa Operandi física quanto online, e, com ela, continuo a criar livremente, utilizando tecidos e referências dos meus 54 anos, inspirando-me em arte, moda, viagens e comportamento.”
Mesmo depois dos 80 anos, Costanza Pascolato continua a ser uma figura icônica de elegância e estilo. Sua trajetória no universo da moda começou na década de 1970, após um divórcio conturbado, que a fez buscar independência e atualização constante. Ela conta que essa decisão a manteve relevante e atuante no mercado, participando de capas de revista e campanhas de moda até hoje.
Além de suas contribuições ao mundo da moda, Costanza é autora de livros e uma leitora ávida. Ela resume sua visão de mundo com uma frase do historiador inglês James Laver: “A moda nada mais é que o reflexo no espelho do comportamento de uma época”.
Além disso, observa que, atualmente, o marketing de influência é um reflexo da digitalização do mundo e que as marcas de luxo estão se adaptando à demanda por experiências, e não apenas por produtos.
Recentemente, Costanza passou por uma cirurgia no quadril, o que não diminuiu sua visão serena sobre a vida e a finitude. Ela expressa uma aceitação tranquila do fato de que a vida tem um tempo limitado. Essa perspectiva não impede sua contínua curiosidade e alegria de viver, que a mantém atual e envolvida com o presente.
Em uma entrevista à Forbes, ela compartilhou momentos e reflexões que destacam sua vitalidade e sabedoria acumulada ao longo dos anos, reforçando sua posição como uma figura atemporal e influente, tanto no cenário da moda quanto em muitos outros.
ARTES PLÁSTICAS, FOTO, LITERATURA E DANÇA
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Foto: Chico Cerchiaro Tony Bellotto, o guitar hero da banda paulistana Titãs, que celebrou 40 anos em 2023, tem uma carreira paralela de sucesso como escritor. Bellini e a Esfinge, seu romance de estreia, que deu início à tetralogia protagonizada pelo detetive Remo Bellini, completa 30 anos no ano que vem. De 1995 para cá, o músico-escritor já publicou 12 livros (Companhia das Letras), em sua maioria romances policiais.
Pode-se dizer que Tony hoje é o principal romancista policial vivo do país. No entanto, ele não se acomoda com esses reconhecimentos e, em julho, arrisca-se fora do gênero pela terceira vez com a publicação de Vento em Setembro, romance que trata de amor, desejo e traumas familiares e tem a ditadura militar como pano de fundo.
O livro conta a epopeia vivida por Davi, jornalista que investiga uma série de atos de vandalismo em Ouro Preto e se vê em meio a uma trama que se estende aos confins do interior paulista nos anos 1970.
Agora retomando as atividades com o grupo Titãs, com o projeto Microfonado, Tony não se vê trocando os palcos pela literatura assim tão cedo. “Quando as pessoas me perguntam o que é mais divertido, tocar ou escrever, eu falo, ‘Cara, que pergunta ridícula, claro que é tocar’. O prazer da literatura é outro, mas nada se compara à sensação de puxar o riff de Sonífera Ilha no Allianz Arena lotado.” -
Foto: Renato Parada No início dos anos 2000, uma leva de escritores como o cuiabano Joca Reiners Terron descobriu na internet um canal para divulgar textos em blogues. Desde 2017, quando lançou o romance Noite Dentro da Noite (Companhia das Letras), finalista do Prêmio Jabuti, Joca vem publicando em frequência bianual livros que mantêm uma constância de qualidade, aceitação e vendagem, mas nunca de linguagem e muito menos de narrador. A intrincada trama de Onde Pastam os Minotauros (2023, Todavia), seu nono e mais recente romance, é narrada por uma boiada presa em um matadouro. “Meu maior orgulho são meus projetos editoriais, como o selo Ciência do Acidente e as coleções Risco Ruído [DBA, com outros editores]. Minha maior extravagância adulta é continuar a fazer as mesmas coisas que fazia quando criança: ler e escrever.”
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Foto: Divulgação Um dos mestres da fotografia contemporânea, o carioca criado em São Paulo fez sua primeira mostra em 1975, no Masp. Em seguida, partiu para Nova York, onde morou no Chelsea Hotel. A hospedaria, então habitada por tipos excêntricos, inspirou o livro vencedor da medalha Leica de excelência (1983). A temporada nos EUA rendeu fotos para publicações como Time e Vanity Fair; exposição no International Center of Photography e a vaga de professor de fotografia na Parsons/New School for Social Research por 15 anos. Na pesquisa com foco seletivo, ele vai lançar a segunda edição de Chelsea Hotel, em setembro, em Nova York, e finaliza Poetas, Filósofos e Santos, seu 24º livro, previsto para 2025. “O poeta é o cara que sintetiza o que ele vê, assim como o fotógrafo. Das infinitas possibilidades de uma cena, você escolhe um olhar.”
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Foto: Divulgação Sinônimo de excelência em balé clássico, a carioca está completando 50 anos nos palcos. Ela começou aos nove, ao ingressar na Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Aos 17, tornou-se prima ballerina no mesmo Municipal e iniciou no Ballet de Marseille (França) uma carreira de sucesso nos principais palcos do mundo. Recentemente, foi convidada para uma participação especial em O Lago dos Cisnes. “Qualquer bailarina que se mantenha em forma pode fazer coreografias adequadas ao seu momento.” Sob o guarda-chuva da empresa Anarte, Ana lançou sua marca de roupas e assessórios de luxo, a Ana Botafogo Maison, e é sócia da escola de dança mbar + Ana Botafogo, com mais 30 unidades pelo país. “Sair dos palcos e trabalhar meu lado empresária foi muito natural, pois tudo está relacionado à dança.”
Tony Bellotto, o guitar hero da banda paulistana Titãs, que celebrou 40 anos em 2023, tem uma carreira paralela de sucesso como escritor. Bellini e a Esfinge, seu romance de estreia, que deu início à tetralogia protagonizada pelo detetive Remo Bellini, completa 30 anos no ano que vem. De 1995 para cá, o músico-escritor já publicou 12 livros (Companhia das Letras), em sua maioria romances policiais.
Pode-se dizer que Tony hoje é o principal romancista policial vivo do país. No entanto, ele não se acomoda com esses reconhecimentos e, em julho, arrisca-se fora do gênero pela terceira vez com a publicação de Vento em Setembro, romance que trata de amor, desejo e traumas familiares e tem a ditadura militar como pano de fundo.
O livro conta a epopeia vivida por Davi, jornalista que investiga uma série de atos de vandalismo em Ouro Preto e se vê em meio a uma trama que se estende aos confins do interior paulista nos anos 1970.
Agora retomando as atividades com o grupo Titãs, com o projeto Microfonado, Tony não se vê trocando os palcos pela literatura assim tão cedo. “Quando as pessoas me perguntam o que é mais divertido, tocar ou escrever, eu falo, ‘Cara, que pergunta ridícula, claro que é tocar’. O prazer da literatura é outro, mas nada se compara à sensação de puxar o riff de Sonífera Ilha no Allianz Arena lotado.”
CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E TERCEIRO SETOR
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Foto: Juan Corrêa Tudo mudou para Viviane Senna em 1º de maio de 1994. Naquele dia, seu irmão – o piloto Ayrton Senna – faleceu em um acidente durante o GP de Ímola. A família transformou a tragédia em inspiração e fundou, em novembro daquele mesmo ano, o Instituto Ayrton Senna, uma das mais destacadas organizações que militam pela educação no Brasil. Desde o começo, Viviane assumiu o comando do legado de seu irmão. Foi uma mudança brusca para a psicóloga. “A clínica sempre foi uma grande paixão para mim”, conta. A realidade se interpôs e aumentou a escala desse sonho. “Em vez de ajudar em pequena escala, em um consultório, com o instituto, posso fazer isso em larga escala”, diz ela. A organização atua em 3 mil municípios e já impactou a vida de 36 milhões de crianças e jovens em suas três décadas de existência.
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Foto: Jo Capusso O primeiro encontro de Ricardo com a educação foi como estudante do Colégio Marista São José (RJ). Membro do grêmio estudantil, ele tinha a responsabilidade de encaminhar as pautas dos alunos. Aos 24 anos, tornou-se professor de economia da Universidade Federal Fluminense. Seu trabalho sobre desigualdade atraiu atenção em Brasília: foi chamado para coordenar a formatação do Bolsa Família no primeiro governo Lula. Mais tarde, assumiu a Secretaria Nacional de Educação Continuada (Secad) do Ministério da Educação. Em agosto de 2012, ocupou o comando do Instituto Unibanco, trabalhando pelo fortalecimento da capacidade de gestão no sistema de educação pública. “O Instituto quer ser parceiro das redes públicas e contribuir para que esses estudantes atinjam o desenvolvimento pleno.”
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Foto: Maria Leonor De Calasans Paulistano e asmático. Foi essa junção de fatores que fez o professor titular da Faculdade de Medicina da USP Paulo Saldiva se interessar pelo estudo dos efeitos da poluição atmosférica sobre a saúde humana. Já são quase 40 anos dedicados ao tema – que fizeram de Saldiva um dos nomes mais reconhecidos nesse campo em todo o mundo. Nos últimos anos, contudo, o assunto tem se desdobrado em outros interesses. “Estou mexendo com clima e planejamento urbano como fatores determinantes para a saúde”, explica. Já há evidências de que as mudanças climáticas estão tendo impactos sobre a saúde. “Existe um aumento de mortalidade substancial nas ondas de calor”, alerta, cobrando que os conhecimentos que já estão disponíveis sejam convertidos em políticas públicas capazes de minorar o problema.
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Foto: Divulgação/CEBDS “Foi um pouco por acaso”, diz Marina Grossi ao ser questionada sobre seu encontro com o tema das mudanças climáticas. Em 1997, a economista estava no Ministério do Planejamento quando, após uma reorganização da pasta, precisou buscar uma nova posição. Foi então que uma amiga falou sobre a recém-criada área de mudanças climáticas do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). “Ela disse que eu ia gostar e fez a ponte. E me descobri.”
No MCTI (o Ministério incluiu a palavra “inovação” no nome em 2011), Marina tornou-se uma das principais negociadoras do Brasil no Protocolo de Kyoto. “Fui uma das primeiras economistas a entender o valor da questão climática para o Brasil”, comenta, ressaltando que a pauta não se trata só de uma preocupação moral, mas de uma forma de pensar o desenvolvimento que pode nos beneficiar muito. Faltava convencer o setor privado. Para isso, Marina saiu do governo e foi coordenar o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Mais tarde, fundou a consultoria Fábrica Éthica e, em 2006, ingressou no Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), entidade que reúne 110 empresas e que passaria a presidir em 2010. “Minha compreensão sobre o papel das empresas evoluiu. As empresas operam em um horizonte de longo prazo, não estão ligadas a mandatos de 4 ou 5 anos.”
No momento, seu foco é a aprovação do PL que cria o mercado brasileiro de carbono, tema que o CEBDS acompanha desde 2016. Marina diz que o Brasil terá uma janela de oportunidade com a reunião do G20 e a COP30. -
Foto: Eli Burakian Tem um quê de poesia na forma como o astrônomo carioca encara a ciência. Mais do que um método para descrever os fenômenos que estruturam o Universo, o professor do Dartmouth College vê nela uma forma “profundamente espiritual de dialogar com o misterioso”. Esse encantamento alimenta não só suas pesquisas sobre temas como o surgimento do cosmos e a origem da vida, mas seus esforços como divulgador científico. Marcelo aparece em séries de TV, escreve artigos para jornais e tem nove livros publicados (três deles, vencedores do Jabuti). Em 2019, ganhou o Prêmio Templeton, que distingue indivíduos que exploram “questões profundas sobre o Universo e o propósito da humanidade”. Ele se prepara para uma nova empreitada, organizando retiros e vivências transformadoras para lideranças empresariais na Itália.
Tudo mudou para Viviane Senna em 1º de maio de 1994. Naquele dia, seu irmão – o piloto Ayrton Senna – faleceu em um acidente durante o GP de Ímola. A família transformou a tragédia em inspiração e fundou, em novembro daquele mesmo ano, o Instituto Ayrton Senna, uma das mais destacadas organizações que militam pela educação no Brasil. Desde o começo, Viviane assumiu o comando do legado de seu irmão. Foi uma mudança brusca para a psicóloga. “A clínica sempre foi uma grande paixão para mim”, conta. A realidade se interpôs e aumentou a escala desse sonho. “Em vez de ajudar em pequena escala, em um consultório, com o instituto, posso fazer isso em larga escala”, diz ela. A organização atua em 3 mil municípios e já impactou a vida de 36 milhões de crianças e jovens em suas três décadas de existência.
CINEMA, TEATRO E TELEVISÃO
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Foto: Iude Richele A relação de Astrid Fontenelle com o tempo é tão amigável que, quando pergunto, ela erra a própria idade. Para mais!
Ainda antes de completar 60 anos, criou uma pasta no Pinterest chamada “Vou Ser Quando Envelhecer”, na qual guarda imagens de mulheres de cabelos prateados em looks divertidos. É a tal da “geração prateada”, que ela ajudou a inaugurar quando assumiu os cabelos brancos ao vivo durante a pandemia, já que não tinha contato com a equipe de beleza do programa que apresentava.
“Tenho zero problema com o tempo. Sempre quis ter cabelos brancos e hoje, com mais idade, sei que até as coisas ruins que acontecem no meio do caminho ajudam a nos colocar onde deveríamos estar.”
A primeira apresentadora da MTV Brasil chegou a pensar que seria professora, mas, quando viu Glória Maria na telinha, encantou-se pelo jornalismo. A carioca mudou-se para São Paulo aos 14 anos e, mais tarde, cursou jornalismo na PUC-SP. Chegou a trabalhar por um breve período em assessoria de imprensa e como produtora, mas logo soube – e os professores também – que seu destino estava em frente às câmeras.
Seu primeiro trabalho como apresentadora foi no TVMix, da Gazeta, dirigido por ninguém menos do que Fernando Meirelles. De lá, passou por Manchete, MTV, Bandeirantes e pelo GNT. Neste último, comandou o Saia Justa por mais de 10 anos. No mesmo canal, ela ainda caça histórias emocionantes em aeroportos no Chegadas e Partidas e deve estrear no segundo semestre seu novo programa, Admiráveis Conselheiras, no qual entrevista mulheres 60+. -
Foto: Divulgação Nascida em Tatuí (SP), após passagem pela Escola de Arte Dramática (EAD) da USP, ela foi para o Rio, seguiu os estudos e estreou em 1979 com a peça Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho – a primeira produção teatral liberada pela censura durante o regime militar. Nos anos seguintes, tornou-se referência na TV, no teatro e no cinema. Vinte e oito vezes indicada, em 1985 ganhou o Prêmio Mambembe de Melhor Atriz pela peça infantil Astrofolia. Em 1989, recebeu o Shell de Melhor Atriz pela peça Um Certo Hamlet. Com Pérola, que ficou cinco anos em cartaz, ela foi vista por cerca de 200 mil pessoas. Em 2010, estreou como diretora teatral na peça O Estrangeiro, de Albert Camus, e desde 2022 lota o teatro com o monólogo Ficções. Na pandemia, virou fenômeno nas redes: tem mais de 1,2 milhão de seguidores.
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Foto: Sérgio Baia Iniciou a carreira como atriz mirim e tornou-se uma das maiores estrelas da TV e do cinema brasileiro: 27 novelas e mais de 20 filmes. Destacou-se em Dancin’ Days e protagonizou papéis emblemáticos – como a vilã Maria de Fátima e as gêmeas Ruth e Raquel. Ganhou dezenas de prêmios, entre eles dois Grande Otelo, sete APCA, dois Guarani e um Kikito no Festival de Gramado. Foi responsável por uma das maiores bilheterias do cinema nacional com Se Eu Fosse Você (6 milhões de pessoas). Agora, estreia como diretora, com o documentário sobre o Balé Folclórico da Bahia, e atua como empresária na marca Bemgloria, de cuidados para corpo. “Me preparo para envelhecer há um tempão. Sempre me senti em desacordo com minha idade. Lauro Corona me apelidou de Vovó Glorinha. Estou empolgada com os próximos 30 anos!”
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Foto: Divulgação Antes de virar referência no cinema nacional com o filme Cidade de Deus, de 2002, e de ser indicado ao Oscar de Melhor Direção, Fernando Meirelles formou-se em arquitetura e foi um dos pioneiros do vídeo no Brasil. A carreira por trás das câmeras começou com o Rá-Tim-Bum, na TV Cultura. Nos anos seguintes, Fernando dirigiu quase mil filmes publicitários, pelos quais ganhou leões em Cannes e 19 Profissionais do Ano. Além de três indicações ao Oscar, já apresentou filmes em Cannes, Veneza e Tóquio e recebeu o prêmio de melhor curta em Berlim, entre outros festivais. Foi também diretor da abertura das Olimpíadas do Rio em 2016 e, atualmente, está filmando um projeto ligado ao ativismo ambiental para a Netflix.
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Foto: Joel Silva O ex-feirante paulistano já passou pelo cinema, TV e teatro em produções como Carandiru, Meu Tio Matou um Cara, Correndo Atrás e Os Intocáveis, além de atuar recentemente na novela Travessia, da Globo. Em 2023, recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado com a cinebiografia Mussum, O Filmis. “Minha carreira tenta honrar meus antepassados e inspirar outros corpos pretos.” O ator participou da série do Globoplay Rota 66, é comentarista do carnaval e presidente da escola de samba mais antiga de São Paulo, a Lavapés Pirata Negro. Aílton pensa o envelhecer a partir do olhar de sua religião de matriz africana. “O tempo é um aliado. Envelhecer me dá condições de manter dentro do peito o erê, a criança, e de chegar agora ao mestre griô, que é quem detém e compartilha o conhecimento.”
A relação de Astrid Fontenelle com o tempo é tão amigável que, quando pergunto, ela erra a própria idade. Para mais!
Ainda antes de completar 60 anos, criou uma pasta no Pinterest chamada “Vou Ser Quando Envelhecer”, na qual guarda imagens de mulheres de cabelos prateados em looks divertidos. É a tal da “geração prateada”, que ela ajudou a inaugurar quando assumiu os cabelos brancos ao vivo durante a pandemia, já que não tinha contato com a equipe de beleza do programa que apresentava.
“Tenho zero problema com o tempo. Sempre quis ter cabelos brancos e hoje, com mais idade, sei que até as coisas ruins que acontecem no meio do caminho ajudam a nos colocar onde deveríamos estar.”
A primeira apresentadora da MTV Brasil chegou a pensar que seria professora, mas, quando viu Glória Maria na telinha, encantou-se pelo jornalismo. A carioca mudou-se para São Paulo aos 14 anos e, mais tarde, cursou jornalismo na PUC-SP. Chegou a trabalhar por um breve período em assessoria de imprensa e como produtora, mas logo soube – e os professores também – que seu destino estava em frente às câmeras.
Seu primeiro trabalho como apresentadora foi no TVMix, da Gazeta, dirigido por ninguém menos do que Fernando Meirelles. De lá, passou por Manchete, MTV, Bandeirantes e pelo GNT. Neste último, comandou o Saia Justa por mais de 10 anos. No mesmo canal, ela ainda caça histórias emocionantes em aeroportos no Chegadas e Partidas e deve estrear no segundo semestre seu novo programa, Admiráveis Conselheiras, no qual entrevista mulheres 60+.
EMPRESÁRIOS, EMPREENDEDORES E EXECUTIVOS
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Foto: Victor Affaro A extraordinária trajetória de Nelson Wilians, de uma infância de extrema dificuldade para o status de maior empresário do direito no país, tem inspirado jovens e adultos pelo Brasil. Especialmente aqueles que, como ele, acreditam que nada, nem a inteligência artificial mais avançada, é mais poderoso que a resiliência, a inventividade, o olho no olho e a capacidade de adaptação do ser humano.
“Não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive – é aquele que melhor se adapta”, costuma dizer a plateias ávidas por sua história de superação e sucesso. “O filósofo Leandro Karnal chamou minha atenção para que eu não diga que comecei do zero absoluto, mas sim do zero Kelvin, que é a mesma coisa, só que mais chique”, diverte-se.
Comunicador nato, fez de seu escritório (Nelson Wilians Advogados) e dele próprio marcas conhecidas internacionalmente, livres da pompa que historicamente acompanha os grandes players do setor – mas sem perder a elegância e o bom gosto que rapidamente desenvolveu depois que “virou a chave” de sua vida.
“Já me chamaram de louco, depois de corajoso, de marqueteiro e, por fim, de advogado empreendedor”, comenta, não escondendo a predileção pelo último e pelo segundo termos. “A diferença entre a loucura e a coragem é o resultado.” -
Foto: Divulgação Sexto presidente nos 81 anos do Bradesco, o pernambucano Marcelo Noronha é o primeiro CEO que não fez toda a carreira no banco. Com vasta experiência na área de cartões e de varejo, ele trabalhou no BBV, comprado pelo Bradesco em 1994. Sua missão é mudar a instituição para enfrentar os concorrentes digitais e as mudanças no sistema financeiro. Para isso, ele vem rompendo algumas tradições que valiam desde os tempos do fundador, Amador Aguiar. A maior ruptura é passar a recrutar no mercado executivos para os cargos de diretoria e vice-presidência. Na agenda de Noronha, também constam atualizações tecnológicas para aumentar a agilidade e a competitividade de uma empresa de 71 milhões de clientes e que, nas palavras de Aguiar, segue atendendo “a Sadia, a padaria e a dona Maria”.
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Foto: Divulgação Sergio Zimerman já fez de tudo. Aos 18 anos, animava festas infantis como o palhaço Salsicha. Seguiram-se um buffet infantil, uma adega, um supermercado e um atacado de perfumaria e alimentos. “Em 2002, tive o privilégio de quebrar”, diz. “Privilégio porque foi um aprendizado.” Pensando em como sustentar os quatro filhos, falou com um cunhado. “Ele engarrafava xampu para cães no quintal de casa e me contou do mercado pet”, diz. Zimerman tentou ser franqueado da Cobasi, então líder de mercado. “Nem me atenderam.” A solução foi um espaço próprio. O Pet Center Marginal (nome de uma avenida que corta São Paulo), embrião da Petz, chegou ao break even em nove meses e cresceu (249 lojas em março de 2024). Em abril, o empresário costurou uma fusão com a Cobasi, que deve ser formalizada no segundo semestre.
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Foto: Divulgação Pensando em uma transição de carreira? Mire-se no exemplo de Luiz Mattar. Aos 21 anos, em 1985, ele deixou a faculdade de engenharia para tornar-se tenista profissional. Nos 10 anos seguintes, defendeu o Brasil em duas Olimpíadas e em 10 edições da Copa Davis. Dono de sete títulos, é o segundo tenista brasileiro em títulos ATP, só suplantado por Gustavo Kuerten. Em 1995, Mattar deixou o esporte e tornou-se empresário. Novo sucesso. Para além da empresa de tecidos Paramount, de propriedade da família, ele enveredou pelo caminho da tecnologia. Preside o conselho de administração de duas empresas que fundou: a Tivit, que iniciou seus negócios em 2006 e faturou R$ 1,9 bilhão em 2023; e a Neo, divisão de consumer experience que foi separada da Tivit em 2017. Tênis? Só para relaxar.
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Foto: Divulgação Da dança para o marketing, do marketing para a sustentabilidade. Essa é uma descrição (muito) resumida da trajetória de Dilma Souza Campos, empreendedora que trouxe ao Brasil o conceito do marketing regenerativo. “Ele não visa apenas repor, pagar pelo que foi usado, mas busca regenerar o que é tirado”, diz ela. “Precisamos desenhar um futuro em que a lucratividade e a regeneração caminhem juntas.” Campos expôs o conceito no Festival Cannes Lions 2024. Bailarina do programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum, ela ajudou a pagar a faculdade de odontologia (que nunca praticou) apresentando eventos, criando um networking com agências de publicidade. Há 10 anos, fundou a agência Outra Praia, focada no marketing de experiências, que foi adquirida pelo grupo B&Partners no fim de 2022 e renomeada Nossa Praia.
A extraordinária trajetória de Nelson Wilians, de uma infância de extrema dificuldade para o status de maior empresário do direito no país, tem inspirado jovens e adultos pelo Brasil. Especialmente aqueles que, como ele, acreditam que nada, nem a inteligência artificial mais avançada, é mais poderoso que a resiliência, a inventividade, o olho no olho e a capacidade de adaptação do ser humano.
“Não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive – é aquele que melhor se adapta”, costuma dizer a plateias ávidas por sua história de superação e sucesso. “O filósofo Leandro Karnal chamou minha atenção para que eu não diga que comecei do zero absoluto, mas sim do zero Kelvin, que é a mesma coisa, só que mais chique”, diverte-se.
Comunicador nato, fez de seu escritório (Nelson Wilians Advogados) e dele próprio marcas conhecidas internacionalmente, livres da pompa que historicamente acompanha os grandes players do setor – mas sem perder a elegância e o bom gosto que rapidamente desenvolveu depois que “virou a chave” de sua vida.
“Já me chamaram de louco, depois de corajoso, de marqueteiro e, por fim, de advogado empreendedor”, comenta, não escondendo a predileção pelo último e pelo segundo termos. “A diferença entre a loucura e a coragem é o resultado.”
ESPORTES
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Foto: Carsten Horst Vice-campeão da Fórmula 1 em duas das 19 temporadas em que competiu na categoria e correndo pelo 12º ano na Stock Car Brasil (campeão em 2014 e 2022), deixar as pistas é algo que não passa pela cabeça de Rubens Barrichello.
“Sempre fui movido à paixão. Acredito que tenho muito mais para fazer, uma missão que vai além das corridas. Tenho essa coisa no peito de querer continuar, mexe muito comigo o desafio”, afirma o piloto, que dá palestras motivacionais e tem o Instituto Barrichello, com foco no combate à fome.
Hoje, além de se manter competitivo, Rubinho busca inspiração nos dois filhos, também pilotos. O mais velho, Dudu, 20, dis – puta o mesmo campeonato. O caçula, Fefo, 18, corre a Euroformula Open, na Europa. “Tenho muito orgulho dos meus filhos. O Dudu é muito competitivo. Para trabalhar em família, você precisa ter os pés no chão, um torce pelo outro. O Fefo gosta de descobrir a vida. Aos 18 anos, mora sozinho, cozinha, paga conta. O que quero que eles saibam é que felicidade é você estar no lugar que você quer estar.”
Ao longo de sua trajetória, Rubinho destaca: “Marcante foi o filho do dono da loja de materiais de construção ter chegado à F1 e ter tido uma longevidade com tanto sucesso. Outra coisa foi ter sido campeão de Stock Car com a presença dos meus filhos”. -
Foto: Ricardo Teles Campeão olímpico em Atenas 2004 e tricampeão da Copa do Mundo, entre outras conquistas importantes, Rodrigo, um dos maiores cavaleiros do Brasil e do mundo, está se preparando para disputar em Paris sua oitava Olimpíada. “Tento me manter em alto nível, ser competitivo é o mais importante. Tenho a sorte de ter uma coudelaria muito boa, um piquete de cavalos excelente e tenho muitas esperanças para esse novo ciclo. Espero ter um bom desempenho em Paris e trazer mais uma medalha.” Eleito o melhor cavaleiro do mundo em 1998 e líder do ranking mundial em 1999, ele tem três títulos mundiais, além do Grande Prêmio de Aachen, na Alemanha, 1994, como a conquista mais marcante de sua vitoriosa carreira. “Poder ganhar lá foi muito importante, porque Aachen é considerado o templo da equitação.”
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Foto: CBV/Divulgação Único brasileiro tricampeão olímpico da história, o técnico de vôlei vai em busca do tetra olímpico em Paris à frente da seleção feminina. “É extremamente importante continuar trabalhando, pensando na excelência e, principalmente, ensinando e aprendendo com as equipes onde trabalho.” Ele é o único técnico campeão olímpico com as seleções feminina (Pequim 2008 e Londres 2012) e masculina (Barcelona 1992). “Todas as conquistas foram muito importantes e vou levar para toda a minha vida”, diz o paulista de Quintana, que disputou os Jogos de Montreal (1976) como atleta. Trata-se de um incansável caçador e lapidador de talentos há mais de três décadas. E se não fosse técnico de vôlei? “Acho que seria técnico de futebol. Amo futebol, assisto, acompanho, tenho os meus ídolos (Pelé e Telê Santana). É uma paixão de família.”
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Foto: Acervo A história de Fofão, como ela ficou conhecida, é marcada por quebras de tabus. Ela foi a primeira atleta do vôlei a disputar cinco edições de Olimpíadas, sendo a mais vitoriosa da modalidade brasileira na competição, com uma medalha de ouro e duas de bronze. Foi prata em três edições do mundial e ouro em seis Grand Prix. Em 2023, Fofão foi a primeira mulher a assumir o comando de uma seleção brasileira de vôlei, como técnica da equipe Sub-17. “Minha vida sempre foi de muito esforço e dedicação, sendo resiliente e disciplinada. Isso me ajudou a ir mais longe.” Fofão deixou a carreira de levantadora em 2008. Para ela, o bronze em Sydney 2000 tem um significado especial. “Foi a minha primeira Olimpíada, eu estava lesionada e bastante ansiosa. Foi ali que me firmei como titular.”
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Foto: Marcello Zambrana/CPB Eugênio é referência no esporte paralímpico que escolheu: o tiro com arco. Aos 63 anos, o cearense de Beberibe é o número 1 do mundo da classe W1. Além de disputar pela primeira vez os Jogos Paralímpicos, vai buscar a sua primeira medalha olímpica – e a do Brasil – na modalidade. É o atleta mais velho da delegação brasileira. “Não existe uma limitação de idade. Existe, sim, a necessidade de um esforço e dedicação mais intensa.” Ele garantiu a vaga inédita para Paris com a conquista do ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023. Conheceu o tiro com arco ainda quando era professor universitário e pesquisador, antes de ser diagnosticado, em 2013, com espondilite anquilosante (causa alterações osteoarticulares e comprometimento neuromuscular) – e Parkinson –, há cinco anos.
Vice-campeão da Fórmula 1 em duas das 19 temporadas em que competiu na categoria e correndo pelo 12º ano na Stock Car Brasil (campeão em 2014 e 2022), deixar as pistas é algo que não passa pela cabeça de Rubens Barrichello.
“Sempre fui movido à paixão. Acredito que tenho muito mais para fazer, uma missão que vai além das corridas. Tenho essa coisa no peito de querer continuar, mexe muito comigo o desafio”, afirma o piloto, que dá palestras motivacionais e tem o Instituto Barrichello, com foco no combate à fome.
Hoje, além de se manter competitivo, Rubinho busca inspiração nos dois filhos, também pilotos. O mais velho, Dudu, 20, dis – puta o mesmo campeonato. O caçula, Fefo, 18, corre a Euroformula Open, na Europa. “Tenho muito orgulho dos meus filhos. O Dudu é muito competitivo. Para trabalhar em família, você precisa ter os pés no chão, um torce pelo outro. O Fefo gosta de descobrir a vida. Aos 18 anos, mora sozinho, cozinha, paga conta. O que quero que eles saibam é que felicidade é você estar no lugar que você quer estar.”
Ao longo de sua trajetória, Rubinho destaca: “Marcante foi o filho do dono da loja de materiais de construção ter chegado à F1 e ter tido uma longevidade com tanto sucesso. Outra coisa foi ter sido campeão de Stock Car com a presença dos meus filhos”.
FINANÇAS
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Foto: Divulgação Mineiramente, João Carlos Mansur transformou a Reag, fundada por ele em 2012, na maior gestora de recursos independente (ou seja, não ligada a nenhum banco) do Brasil. Segundo dados da Anbima, que representa o setor, em abril, a Reag tinha R$ 181 bilhões sob gestão, o que a coloca em oitavo lugar, com um crescimento de 150% em um ano. A gestora nasceu para atender investidores institucionais e famílias de alta renda. Em 2022, ela começou a diversificar suas atividades e passou a emprestar dinheiro. Para isso, comprou empresas que originavam empréstimos consignados. Também adquiriu outras gestoras de recursos e fechou parcerias com empresas financeiras internacionais, para oferecer investimentos no exterior aos clientes. A meta é seguir diversificando, transformando a Reag em um banco de investimentos completo. “Já somos um facilitador de investimentos para os nossos clientes, e nossa meta é ir além, passando a ser um facilitador de negócios”, diz ele. Para isso, Mansur segue indo às compras. Só em junho, foram duas aquisições: a da gestora de recursos Empírica, especializada em fundos de crédito, e a da RI Prisma, empresa de tecnologia focada no mercado de relações com investidores. “E já temos mais quatro negociações em andamento”, diz o executivo. Esses nomes, no entanto, Mansur, mineiramente, não revela.
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Foto: Divulgação BTG A face mais visível do BTG Pactual é a do bilionário André Esteves. No entanto, quem administra o banco no dia a dia é Roberto Sallouti. Economista pela universidade americana Wharton e bilionário Forbes, ele fez um estágio no então banco Pactual em 1992 e retornou à instituição em 1994, onde permanece até hoje. Foi nomeado chief operating officer (COO) em 2008 e, sete anos depois, ascendeu à presidência. Sallouti vem colecionando resultados pujantes à frente do banco. No primeiro trimestre deste ano, o lucro foi de R$ 2,9 bilhões, alta de cerca de 28% em relação ao mesmo período de 2023. Houve crescimento nos resultados das áreas de crédito e de gestão de recursos, e nem mesmo a retração de 11% na receita com corretagem e operações de mercado foi capaz de tirar o brilho dos resultados.
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Foto: Divulgação Em 2011, quando não se falava em popularizar o acesso das pessoas a investimentos, Habib Nascif Neto fundou a plataforma Órama, vendida ao BTG Pactual em 2023. Porém, não entraram no negócio uma plataforma white label de distribuição de produtos financeiros e uma empresa de tecnologia. Foi o embrião da Nikos, lançada no primeiro trimestre deste ano e que vai atuar no investment as a service (IaaS), fornecendo produtos e tecnologia para empresas que querem vender aplicações financeiras. A primeira parceria foi fechada com o Mercado Pago. “Estamos na segunda onda de democratização dos investimentos”, diz Nascif. “As plataformas de distribuição vão atuar com parceiros. Eles têm os clientes, o que zera o custo de aquisição e supera um dos grandes obstáculos ao crescimento.”
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Foto: Divulgação Eduardo Sirotsky Melzer tem uma trajetória relevante no mercado financeiro. Ele é, ao lado de Pedro Parente e Luciana Ribeiro, um dos fundadores da gestora de recursos eB Capital, da qual é CEO. A eB Capital atua em várias verticais. As principais são ativos financeiros ligados ao mercado imobiliário, crédito para o agronegócio e private equity, além de outros ativos alternativos como investimentos vinculados ao clima. Melzer foi um dos pioneiros a lançar um fundo de venture capital no mercado brasileiro. Para além do mercado de capitais, ele ingressou na consultoria Booz Allen Hamilton em 2001 como consultor sênior nos Estados Unidos e também é atuante como conselheiro em várias empresas como Alloha Telecom, Loja do Mecânico, Sumicity, Proz Educação e Biooiogas.
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Foto: Divulgação O nome de Alexandre Saigh é um sinônimo de private equity no Brasil: ele foi um dos primeiros a comprar participações em empresas fechadas, ainda nos anos 1990, por meio de sua gestora, a Pátria Investimentos. A empresa fazia a gestão de US$ 14 bilhões em 2021, quando abriu capital na Nasdaq. Atualmente, são US$ 43 bilhões, e a Pátria segue diversificando sua atuação, tanto em atividades quanto geograficamente. Além do private equity e da infraestrutura, a gestora atua em crédito, ativos imobiliários e ações listadas. Também expandiu seus negócios para outros países da América Latina: Chile, Colômbia, Peru e, mais recentemente, o México. A meta é apresentar esses países a investidores de outras regiões. No início de junho, a Pátria assinou um memorando para isso com investidores da Arábia Saudita.
Mineiramente, João Carlos Mansur transformou a Reag, fundada por ele em 2012, na maior gestora de recursos independente (ou seja, não ligada a nenhum banco) do Brasil. Segundo dados da Anbima, que representa o setor, em abril, a Reag tinha R$ 181 bilhões sob gestão, o que a coloca em oitavo lugar, com um crescimento de 150% em um ano. A gestora nasceu para atender investidores institucionais e famílias de alta renda. Em 2022, ela começou a diversificar suas atividades e passou a emprestar dinheiro. Para isso, comprou empresas que originavam empréstimos consignados. Também adquiriu outras gestoras de recursos e fechou parcerias com empresas financeiras internacionais, para oferecer investimentos no exterior aos clientes. A meta é seguir diversificando, transformando a Reag em um banco de investimentos completo. “Já somos um facilitador de investimentos para os nossos clientes, e nossa meta é ir além, passando a ser um facilitador de negócios”, diz ele. Para isso, Mansur segue indo às compras. Só em junho, foram duas aquisições: a da gestora de recursos Empírica, especializada em fundos de crédito, e a da RI Prisma, empresa de tecnologia focada no mercado de relações com investidores. “E já temos mais quatro negociações em andamento”, diz o executivo. Esses nomes, no entanto, Mansur, mineiramente, não revela.
INFLUENCIADORES
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Foto: Divulgação Flávia Alessandra conquistou as telas da televisão brasileira com apenas 15 anos. A estreia aconteceu na novela Top Model, da Rede Globo, em 1989. A partir daí, foram mais de 20 produções para a emissora, entre elas, personagens consagrados pelo público, como Cristina, em Alma Gêmea (2005), e Naomi, em Morde & Assopra (2011). Entretanto, nos últimos anos, outros meios ganharam a atenção da artista e empresária. “Minha transição das telas da TV para as telas dos celulares foi um caminho natural. Sempre fui uma pessoa inquieta e observadora e percebi que o mundo estava mudando com a ascensão das redes sociais. Assim, decidi mergulhar de cabeça nesse novo universo.” E, como se não bastasse a dupla jornada, junto com o marido, o apresentador Otaviano Costa, ela fundou a Agência Family para administrar a própria carreira. “Formei uma equipe dedicada e talentosa para me ajudar nas ideias, na constância das publicações e nas métricas, porque é importante analisar o que funciona.” Na verdade, pode-se dizer tripla jornada, visto que a atriz também atua como CEO da Utreino, plataforma de exercícios e bem-estar que captou um investimento de R$ 5 milhões em 2023. “Em um mundo onde as redes sociais são dominadas por jovens, provar que é possível se reinventar e continuar relevante depois dos 50 anos é incrivelmente gratificante. Na verdade, vejo minha idade como uma vantagem.” Essa é a mensagem de Flávia para seu público, composto por mais de 11 milhões de usuários no Instagram.
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Foto: Tereza Sa Mais de 650 mil seguidores no Instagram e 168 mil no TikTok. O alcance das redes sociais de Fatima Scarpa dão dimensão da relevância e importância da influenciadora que se especializou em moda, beleza e comportamento. Além do conteúdo que produz, Fatima dá palestras e cursos de etiqueta, em parceria com a empreendedora Carol Celico, uma das responsáveis por introduzi-la ao mundo das redes sociais. “Minha maior recompensa nessa jornada de influenciadora é poder receber o carinho das pessoas. Existe uma carência por conteúdo de educação e etiqueta e, para mim, é muito prazeroso poder ajudar as pessoas a serem mais humildes e gentis.” A influenciadora sempre faz questão de lembrar seus pais como referência de boa educação e elegância.
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Foto: Divulgação Ator profissional, formado também em gastronomia vegetal, ele ostenta uma trajetória de 17 anos ininterruptos na TV pública. Lá, atuou como repórter, apresentador, diretor, editor de conteúdo e produtor. Sócio-diretor da produtora Adrenalina Filmes, desde 2022, ele se destaca como influenciador digital. “Meu tempo será sempre o presente”. Insatisfeito com a carreira anterior, Rica abraçou os desafios da tecnologia e se aventurou como influenciador. “Venho de uma época sem celular ou internet. Lidar com as ferramentas digitais foi meu maior desafio.” Rica aprendeu a editar e chegou à conclusão de que nada seria mais autêntico do que seu próprio estilo de vida. Utilizando a bagagem de anos dedicados ao audiovisual, ele cria conteúdo de alta qualidade, com excelente captação de imagens e edição impecável.
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Foto: Divulgação Em um período marcado pelo isolamento social, a alegria do casal Nair Miolaro e Nelson Miolaro (in memoriam) tomou conta das redes. Tudo começou quando a neta do casal, Nayara, publicou um vídeo dos dois na pandemia. “No aniversário de 90 anos do meu avô, resolvi gravar os dois, que estavam abatidos. Em duas horas, o vídeo teve mais de 1,5 milhão de visualizações”, conta a neta.O perfil Vovôs TikTokers já reúne quase 15 milhões de seguidores no Instagram e TikTok. “A gente não tinha dimensão disso, até que começamos a sair na rua e as pessoas vinham até nós pedir fotos e abraços. Nossa, eu adoro isso! Abraço a todos com amor”, diz Nair, emocionada. E continua tocando as contas do casal. “Meu pai me ensinou que, depois da morte, não tem mais o que fazer. É preciso aproveitar enquanto estamos aqui”.
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Foto: Gabryel Sampaio Em abril deste ano, na edição N57 da São Paulo Fashion Week, Rosa Saito, de 73 anos, desfilou por três marcas. Nos últimos cinco anos, a rotina da modelo foi agitada, com ensaios de moda e beleza para Forbes LifeFashion, Vogue e L’Officiel Hom – mes Brasil, além de campanhas publicitárias para marcas como Tania Bulhões, FARM Rio e Vivara. “Fui artesã por 20 anos, nunca sonhei em ser modelo. Passei um ano amadurecendo a ideia e, aos 68 anos, fiz meu primeiro booking”, relembra. “Poder inspirar e motivar outras pessoas com a minha história é algo muito novo para mim. Mas digo que a idade está na nossa mente. Nunca é tarde para correr atrás de um objetivo”, diz Setsuko Saito, nome artístico de Rosa, que atrai inúmeros admiradores para as suas redes sociais, onde já acumula mais de 60 mil seguidores.
Flávia Alessandra conquistou as telas da televisão brasileira com apenas 15 anos. A estreia aconteceu na novela Top Model, da Rede Globo, em 1989. A partir daí, foram mais de 20 produções para a emissora, entre elas, personagens consagrados pelo público, como Cristina, em Alma Gêmea (2005), e Naomi, em Morde & Assopra (2011). Entretanto, nos últimos anos, outros meios ganharam a atenção da artista e empresária. “Minha transição das telas da TV para as telas dos celulares foi um caminho natural. Sempre fui uma pessoa inquieta e observadora e percebi que o mundo estava mudando com a ascensão das redes sociais. Assim, decidi mergulhar de cabeça nesse novo universo.” E, como se não bastasse a dupla jornada, junto com o marido, o apresentador Otaviano Costa, ela fundou a Agência Family para administrar a própria carreira. “Formei uma equipe dedicada e talentosa para me ajudar nas ideias, na constância das publicações e nas métricas, porque é importante analisar o que funciona.” Na verdade, pode-se dizer tripla jornada, visto que a atriz também atua como CEO da Utreino, plataforma de exercícios e bem-estar que captou um investimento de R$ 5 milhões em 2023. “Em um mundo onde as redes sociais são dominadas por jovens, provar que é possível se reinventar e continuar relevante depois dos 50 anos é incrivelmente gratificante. Na verdade, vejo minha idade como uma vantagem.” Essa é a mensagem de Flávia para seu público, composto por mais de 11 milhões de usuários no Instagram.
MÚSICA
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Foto: SARÇA films Das minisséries Irmandade (2019), Marighella (2019) e Anderson Spider Silva (2023) ao filme Asteroid City (2023), que marcou seu reencontro com o cultuado diretor Wes Anderson, o cantor, compositor e ator Seu Jorge se manteve ocupado em produções que fizeram sucesso nas telas desde a sua mais recente produção musical, o disco Músicas para Churrasco, Vol. 2 (2015). “Eu vivo coisas muito profundas com a música, mas o cinema é muito louco, cara. De repente, o cara te coloca voando e tem uma equipe de dezenas de pessoas trabalhando para a cena acontecer”, compara Seu Jorge, de um estúdio em Santana do Parnaíba, no último dia de gravação do disco Baile à la Baiana, seu oitavo álbum, previsto para agosto. O artista fluminense classifica o novo trabalho, composto em parceria com os músicos baianos Pierre Onassis, Peu Meurray e Magary Lord, como um disco de festa, inspirado nos ritmos e no sentimento afrodiaspórico da Bahia. O álbum vai integrar a plataforma MusicPro, da qual Seu Jorge é sócio, voltada para músicos independentes, com mais de 20 mil artistas no catálogo. “Fico bastante feliz por ter conseguido conduzir essas duas carreiras, simultaneamente, agora por quase 25 anos”, diz o artista, que lançou seu primeiro disco solo, Cru, em 2001, e estreou no cinema no ano seguinte, em Cidade de Deus.
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Foto: Leo Aversa O ano de 1964 foi como um rio que passou na vida de Paulinho da Viola. Depois de ganhar experiência na banda de seu pai, César Faria, e tocando com bambas como Jacob do Bandolim e Pixinguinha, o cantor, violinista e cavaquinhista pediu demissão do banco onde trabalhava para se dedicar ao samba. Foi quando entrou para a Portela, compôs a canção Recado, em parceria com Casquinha, e o resto é história. O membro da Velha Guarda recebeu o seu segundo Grammy Latino de melhor álbum por Sempre se Pode Sonhar (2020), fez uma turnê comemorativa pelos seus 80 anos e agora compõe o repertório do seu próximo disco, o primeiro de inéditas em 20 anos. Ele continua sem olhar para trás. “Não fico no passado de forma nostálgica, celebro o presente e isso me ajuda a olhar para frente e aproveitar cada novo momento.”
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Foto: Danilo Christidis Ele produziu e tocou guitarra no disco Transa (1972), clássico de Caetano Veloso e compôs Vapor Barato (1971, com Wally Salomão), sucesso na voz de Gal Costa. Seu caminho, porém, foi trilhado pelas veredas da contracultura, o que fez com que entrasse para o chamado clube dos “malditos” da MPB junto de artistas como Tom Zé e Jorge Mautner. A guinada da carreira aconteceu a partir de 2019, ao lançar Besta Fera, seu elogiado primeiro disco de inéditas em 42 anos. O álbum foi sucedido pelo aclamado Síntese do Lance (2021), parceria com João Donato (1934-2023) e indicado ao Grammy Latino de melhor álbum de música brasileira. O recente Coração Bifurcado rendeu duas estatuetas no Prêmio da Música Brasileira (junho). “Passaram anos me chamando de maldito para lá e para cá, e agora querem me premiar.”
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Foto: Lorena DIni Ele já via a vida melhor no futuro em 1982, quando lançou Tempos Modernos, seu primeiro álbum, que, a começar pela faixa-título, o revelou como uma máquina de hits. Vendeu 10 milhões de discos e gerou um bilhão de streamings. Passados 22 álbuns e 11 temporadas como técnico do The Voice Brasil, Lulu está desde 2023 com a turnê Barítono, que marcou seu aniversário de 70 anos e foi aberta nos EUA. No show, o músico resgata clássicos em interpretações vocais mais graves, o que ele diz ser seu timbre natural e um caminho sem volta. “No Acústico MTV, de 2000, baixei um tom da maioria das canções dos anos 80, e as pessoas se acostumaram a ouvir assim. Agora baixei mais um e é oficial.” Em setembro, ele se apresenta pela quinta vez no Rock in Rio, festival em que tocou na primeira edição (1985).
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Foto: Divulgação Ao lado de Chico Science (1966-1997) e dos demais membros da Nação Zumbi, o guitarrista protagonizou a última revolução estética da música popular brasileira: o Manguebeat, que aconteceu em Recife no início dos anos 90 a partir de uma mistura de rock com maracatu, coco e eletrônico. Trinta anos depois do clássico Da Lama ao Caos (1994), o guitarrista, cansado das extensas turnês, deixou a Nação Zumbi para se concentrar em sua carreira solo, que já rendeu dois discos sob o nome Maquinado e um em parceria com Seu Jorge, além do álbum Lúcio Maia (2019), em que flerta com a surf music. Enquanto trabalha no próximo disco, trabalha como DJ. Até hoje diz se emocionar ao escutar as músicas da Nação na pista. “Foi algo tão original que atravessou gerações, e a molecada ouve como se fosse a música do momento.”
Das minisséries Irmandade (2019), Marighella (2019) e Anderson Spider Silva (2023) ao filme Asteroid City (2023), que marcou seu reencontro com o cultuado diretor Wes Anderson, o cantor, compositor e ator Seu Jorge se manteve ocupado em produções que fizeram sucesso nas telas desde a sua mais recente produção musical, o disco Músicas para Churrasco, Vol. 2 (2015). “Eu vivo coisas muito profundas com a música, mas o cinema é muito louco, cara. De repente, o cara te coloca voando e tem uma equipe de dezenas de pessoas trabalhando para a cena acontecer”, compara Seu Jorge, de um estúdio em Santana do Parnaíba, no último dia de gravação do disco Baile à la Baiana, seu oitavo álbum, previsto para agosto. O artista fluminense classifica o novo trabalho, composto em parceria com os músicos baianos Pierre Onassis, Peu Meurray e Magary Lord, como um disco de festa, inspirado nos ritmos e no sentimento afrodiaspórico da Bahia. O álbum vai integrar a plataforma MusicPro, da qual Seu Jorge é sócio, voltada para músicos independentes, com mais de 20 mil artistas no catálogo. “Fico bastante feliz por ter conseguido conduzir essas duas carreiras, simultaneamente, agora por quase 25 anos”, diz o artista, que lançou seu primeiro disco solo, Cru, em 2001, e estreou no cinema no ano seguinte, em Cidade de Deus.
*Colaboraram Carlos Messias, Daniela Giuntini, Fábio Rodrigues e Kátia Lessa