Ibovespa abre em queda com pressão política e exterior negativo

25 de outubro de 2022

O Ibovespa abriu em queda nesta terça (25) após registrar o maior recuo do ano no pregão de ontem. O índice brasileiro começou a sessão com uma baixa de 0,24%, a 115.736,88 pontos, na esteira da queda das bolsas de Nova York.

O cenário interno influencia o mercado brasileiro com a proximidade das eleições e dos resultados corporativos do terceiro trimestre. Hoje também têm o início da penúltima reunião do ano do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a política monetária do país.

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O dia começou com a divulgação da prévia da inflação, medida pelo IPCA-15. Depois de dois meses seguidos de deflação, o indicador registrou uma alta de 0,16%, acima das projeções que apontavam para alta de 0,05%.

Em 12 meses, a prévia da inflação ficou em 6,85%, abaixo dos 7,96% dos 12 meses imediatamente anteriores. A previsão dos analistas era de 6,75% para essa base anual.

No campo corporativo, após o fechamento de ontem a Petrobras divulgou a sua prévia operacional do terceiro trimestre. De acordo com a Ativa, os números foram sólidos e mostram que “a companhia apresentará bons resultados no 3T22”.

No pregão da véspera, as ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da estatal registraram quedas próximas de 10% no Ibovespa, com incertezas referente a corrida presidencial que está em sua última semana antes do segundo turno, marcado para o domingo (30).

Hoje, as ações ON saíram de leilão com queda de 2,14% e as ações PN perdiam 2,54%.

Em Wall Street, os índices futuros de Nova York operam em baixa nesta manhã, com os investidores aguardando os resultados das grandes empresas de tecnologia, em busca de mais pistas sobre a saúde da economia dos EUA.

Após o fechamento do mercado de hoje, Microsoft (MSFT34) e Alphabet, dona do Google (GOGL34), vão divulgar seus dados do terceiro trimestre. Na semana passada, a Tesla apresentou o seu balanço com alta no lucro, mas anunciou que não conseguirá aumentar a produção como previsto anteriormente, o que resultou em queda das ações da montadora de veículos elétricos.

De acordo com a consultoria FactSet, até sexta (21), 20% das 500 maiores companhias dos EUA já tinham soltado seus resultados e 72% delas anunciaram lucros acima do esperado.

Investidores dos EUA também acompanham os movimentos do Federal Reserve, que vai se reunir na primeira semana de novembro para determinar o novo aumento dos juros. O mercado espera um quarto aumento de 0,75% em novembro, e uma redução de alta para 0,50% em dezembro.

Por volta das 10h (horário de Brasília), o Dow Jones tinha queda de 0,55%, o S&P 500 perdia 0,42% e o Nasdaq recuava 0,19%.

Na Europa, os mercados acompanham Nova York e olham para os seus resultados corporativos também. Grandes empresas como HSBC, UBS e Novartis soltam seus números nesta terça.

No Reino Unido, o FTSE 100 tinha queda de 0,83% por volta das 10h (horário de Brasília), o DAX, na Alemanha, caía 0,96%, o CAC 40, na França, subia 0,16%, e o índice pan europeu Stoxx 600 estava quase estável (–0,05%).

Já as ações na Ásia tiveram forte volatilidade no dia, com investidores ainda analisando os impactos do terceiro mandato de Xi Jinping na China e os números da economia do país.

A China reportou ontem uma expansão de 3,9% em sua economia no terceiro trimestre, mas os dados de setembro mostraram fraqueza nas importações de bens e nas vendas no varejo, refletindo uma demanda doméstica ainda moderada.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em baixa de 0,16%, depois de subir até 1%, enquanto o índice de Xangai perdeu 0,04%. O Índice Hang Seng de Hong Kong recuou 0,1%.

O dólar comercial apresenta forte alta nesta manhã, com subida de 0,89% às 10h05, avaliado em R$ 5,35.

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