Preços ao produtor no Brasil voltam a cair em setembro por refino de petróleo

26 de outubro de 2022

Os produtores americanos estão se preparando para um aumento no valor de custo para produzir suas safras de milho e soja no próximo ano

SOPA Images_Guetty

O resultado de setembro levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 9,76%

Os preços ao produtor no Brasil registraram em setembro a segunda maior queda da série histórica, de 1,96%, sob forte influência da indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (26).

Em agosto, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia caído 3,04%, o que marcou o recorde da série iniciada em 2014.

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O resultado de setembro levou o índice acumulado em 12 meses a uma alta de 9,76%.

De acordo com Felipe Câmara, analista da pesquisa, a última vez em que houve uma sequência de dois meses de deflação foi há mais de três anos.

“Estamos diante de um movimento continuado… Em termos de perspectiva histórica, a última vez em que houve dois meses consecutivos de retração do IPP foi em junho/julho de 2019”, disse ele.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que o destaque foi o recuo de 6,79% registrado pela indústria de refino de petróleo e biocombustíveis, exercendo a maior influência no índice do mês.

Entre as grandes categorias econômicas, os custos de bens intermediários caíram 2,42% e os de bens de consumo tiveram queda de 1,66%. Por outro lado os bens de capital aumentaram 0,48%.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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