Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram
No início do dia o comportamento dos ativos brasileiros no mercado internacional, cujas atividades começam mais cedo, foi agitado. O EWZ, um Exchange Traded Fund (ETF) do Ibovespa negociado em Nova York chegou a recuar 5%, ao passo que os American Depositary Receipts (ADR) da Petrobras (PETR3/PETR4) também chegaram a recuar 10%, apesar de essas quedas terem amenizado à medida que se aproximava a hora do início dos negócios por aqui.
Como a percepção é de uma interrupção no processo de redução do Estado, os papéis das estatais deverão sofrer fortes solavancos nos próximos dias. Da mesma forma, em seu pronunciamento logo após a divulgação do resultado, o presidente eleito citou textualmente a volta do programa Minha Casa Minha Vida, o que deverá estimular os papéis das incorporadoras voltadas para a baixa renda. O mesmo raciocínio vale para as empresas de educação.
Capital externo
Se as congratulações de líderes mundiais importantes como os presidentes dos Estados Unidos e da França tiverem algum valor além de mera cordialidade diplomática, é possível prever um mercado internacional mais bem-disposto, com um aumento dos investimentos estrangeiros, tanto diretos quanto em portfólio. Esses investimentos são uma variável importante a ser observada. A Noruega já anunciou a retomada das contribuições ao Fundo Amazônia, que haviam sido interrompidas em 2019. Apesar de não ser um volume de recursos relevante, é uma indicação de um cenário internacional menos adverso.
Outra variável são os nomes que formarão a equipe econômica, que dará uma indicação importante aos investidores sobre o tamanho da aderência à responsabilidade fiscal. À medida que essas informações forem sendo divulgadas, a assimetria de informações com o mercado será reduzida, e será possível estabelecer parâmetros mais claros para os preços.