Segundo o relatório do UBS, a qualidade do crédito dos grandes bancos brasileiros deverá seguir piorando no terceiro trimestre, embora em um ritmo menos acelerado do que no segundo trimestre. “Acreditamos que a qualidade dos ativos estará em destaque, assim como nos trimestres anteriores. A recente deterioração da qualidade dos ativos na pessoa física tem se concentrado no segmento de baixa renda. No caso das empresas, o pior cenário é nas pequenas e médias empresas. Já nas corporações maiores, a qualidade dos ativos segue abaixo dos níveis anteriores à pandemia”, escreveram os analistas Thiago Batista e Olavo Arthuzo.
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Bradesco
Segundo o relatório do UBS, a qualidade dos ativos foi um problema para o Bradesco e isso deve continuar nos próximos trimestres, embora em menor escala. A expectativa do UBS é de um aumento de 0,4 ponto percentual (40 pontos-base). Segundo a Ativa, o crescimento dos empréstimos deve desacelerar e a qualidade da carteira deve piorar. “Além disso, o aumento da sinistralidade prejudicará a linha de seguros, que por sua vez, foi uma surpresa positiva no segundo trimestre”, escreveram os analistas. “Por outro lado, isso será compensado por números melhores da receita de serviços”
Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco segue sendo a ação preferida do setor tanto para a Ativa quanto para o UBS. Para a Ativa, a margem financeira segue em linha com os bons resultados obtidos no trimestre anterior, e o spread das operações do crédito seguirá inalterado. “Para fechar, acreditamos que o banco continuará ganhando eficiência, mantendo suas despesas não bancárias em linha com as do trimestre anterior”, escreveram eles.
Banco do Brasil
Segundo a Ativa, o banco possui o maior índice de cobertura do setor e o melhor mix na carteira. A empresa projeta um crescimento “robusto” do produto bancário, impulsionado pelo crescimento da carteira e dos spreads. O banco está sendo considerado “agressivo” na concessão de empréstimos mais arriscados, mas cobrando juros mais elevados por isso. “Continuamos a acreditar que o banco possui os melhores fundamentos para as dificuldades que o setor deverá enfrentar no futuro, onde novamente deverá apresentar um crescimento anual de 64% no lucro líquido.”