A gigante do entretenimento chocou os investidores na noite de domingo (20) ao anunciar a saída do presidente-executivo Bob Chapek e nomear Iger, 71, para um contrato de dois anos focado em recuperar o crescimento do grupo.
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Streaming
O alvo mais imediato disso pode ser o Disney+, o serviço de streaming que Iger ajudou a lançar em 2019. As perdas na unidade mais que dobraram no último trimestre relatado, para US$ 1,5 bilhão.
O negócio se tornou um entrave para os lucros do grupo, já que a Disney gasta massivamente em conteúdo para atrair assinantes, testando a paciência dos investidores e contribuindo para uma queda de 40% em suas ações até agora este ano.
“O Disney+ … provavelmente poderá se sair melhor com menos assinantes compostos por superfãs dispostos a pagar altos preços, o que pode gerar margens muito mais altas”, disseram analistas da MoffettNathanson.
Algumas corretoras também levantaram preocupações sobre se o contrato de dois anos de Iger será suficiente para transformar o negócio e encontrar um sucessor.
“O problema é que Iger não poderá ficar para sempre. Ele já atrapalhou a transição para Tom Staggs em 2016 e agora (Bob) Chapek”, disse a Rosenblatt Securities.
As ações da Disney chegaram a disparar 10% mais cedo no pregão desta segunda-feira (21), como um sinal de confiança no executivo que comandou a empresa por 15 anos. Às 13h (horário de Brasília) os papéis mostravam alta de 6%, a 97,38 dólares.