O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) norte-americano subiu 0,4% no mês passado, após avançar pela mesma margem em setembro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira (10). Economistas consultados pela Reuters previam que o índice avançaria 0,6%.
Nos 12 meses até outubro, a inflação ao consumidor foi de 7,7%, após alta de 8,2% em setembro.
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Na semana passada, o Federal Reserve promoveu um quarto aumento de juro de 0,75 ponto percentual e disse que sua luta para reduzir a inflação para a meta de 2% exigiria que os custos dos empréstimos subissem ainda mais. No entanto, o banco central dos EUA sinalizou que pode estar se aproximando de um ponto de virada do que se tornou o ciclo de aperto monetário mais rápido desde a década de 1980.
Embora os preços da gasolina tenham aumentado após três quedas mensais consecutivas, a inflação de bens está desacelerando à medida que a demanda se volta para serviços e as cadeias de suprimentos globais se recuperam. Os varejistas também estão acumulando excesso de mercadorias, o que os força a oferecer descontos para esvaziar as prateleiras.
O núcleo do índice de preços ao consumidor norte-americano aumentou 6,3% nos 12 meses até outubro. O núcleo havia saltado 6,6% em base anual em setembro.
O impulso para a inflação vindo do setor de serviços tem origem nos salários, em meio a condições apertadas do mercado de trabalho. Um relatório separado do Departamento do Trabalho dos EUA desta quinta-feira mostrou que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou moderadamente na semana passada.
Os pedidos iniciais de auxílio subiram em 7 mil, para 225 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 5 de novembro. Economistas previam 220 mil solicitações para o período.