No entanto, o banco deixou a porta aberta para aumentos adicionais no próximo ano, após sinais abundantes de que a economia dos Estados Unidos está desacelerando o suficiente para ajudar a esfriar a inflação alta do país.
Na conclusão da reunião de dois dias hoje (14), o Comitê Federal de Mercados Abertos (FOMC, na sigla em inglês) disse que aumentaria a taxa de juros em 50 pontos básicos para uma meta de 4,25% a 4,5% – o nível mais alto desde o início de 2008.
Em um e-mail, o fundador da Vital Knowledge, Adam Crisafulli, chamou o anúncio de “mais hawkish (postura de restrição com aumento dos juros) do que o esperado e com potencial negativo para as ações”, apontando que o Fed agora projeta que as taxas subam para 5,1% no próximo ano (mais do que os 4,8% esperados anteriormente).
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Embora tenham subido pela manhã nesta quarta-feira, as ações caíram imediatamente após o anúncio do Fed, com o S&P 500 perdendo 0,5% às 14h15 (horário local dos EUA).
O relatório foi “inequivocamente uma boa notícia” para os consumidores e para o Fed, escreveram analistas do Bank of America (BofA) em uma nota de hoje, mas alertaram que “o trabalho árduo de trazer a inflação de volta para [a meta histórica do Fed] 2% ainda está por vir”, como o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou antes.
Após o relatório de inflação ontem, economistas do Goldman Sachs disseram esperar que o Fed modere novamente sua política em sua próxima reunião em janeiro, elevando as taxas em 0,25 ponto percentual.
O Fed começou a elevar os juros quando a inflação atingiu a maior alta em 40 anos em março, mas as expectativas para o ritmo e a intensidade dos novos aumentos dos juros se tornaram mais agressivas em meio a aumentos constantes de preços e críticas de que o banco central esperou muito para iniciar as altas.