O Ibovespa iniciou o pregão de hoje (14) em queda de 1,01%, aos 102.493 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). Caminhando para a sua terceira queda consecutiva, o principal índice da B3 acompanha o desempenho dos futuros de Wall Street, que caem à espera da decisão de juros nos Estados Unidos.
As autoridades do Federal Reserve (banco central dos EUA) sinalizaram nas últimas semanas que elevarão a taxa em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira, recuando após quatro aumentos consecutivos de 0,75 p.p., um sinal de reconhecimento de que os juros estão se aproximando do nível necessário para desacelerar a economia e conter a inflação.
Após o aumento esperado, a taxa de juros ficará na faixa de 4,25% a 4,50%. Os investidores em contratos atrelados à taxa de juros agora esperam que o Fed recue para altas de 0,25 ponto em fevereiro e março, deixando a taxa abaixo de 5% no ponto de parada.
Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o Dow Jones futuro tem queda de 0,15%, aos 34.341 pontos, o S&P 500 caía 0,22%, aos 4.046 pontos, e o Nasdaq recuava 0,25%, aos 11.929 pontos.
Ainda sobre o exterior, a inflação no Reino Unido caiu mais do que o esperado em novembro, depois de atingir em outubro o maior nível em 41 anos. O dado eleva as expectativas de que o aumento dos preços tenha atingido o pico, o que oferece algum conforto ao Banco da Inglaterra no momento em que se prepara para novas altas de juros na quinta-feira.
Na Ásia, as ações da China e de Hong Kong subiram nesta quarta-feira devido à flexibilização das restrições contra a Covid-19 e à probabilidade de mais medidas para impulsionar o crescimento econômico. Também ajudaram a sustentar os mercados dados de inflação dos Estados Unidos, com expectativas de uma postura mais suave do Federal Reserve.
O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com alta de 0,23%, enquanto o índice de Xangai teve variação positiva de 0,01%. O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,39%.
No Brasil, os investidores seguem de olho no noticiário local, com a mudança nas Lei das Estatais aprovada na Câmara dos Deputados, na sequência de nomeação de Aloizio Mercadante para o comando do BNDES pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).