Ibovespa cai com pressão de commodities

O Ibovespa iniciou a sessão de hoje (12) em queda de 0,16%, aos 107.351 pontos, por volta das 10h20 (horário de Brasília). O principal índice da Bolsa brasileira é pressionado pela baixa das commodities, como o petróleo e minério de ferro, o que impacta negativamente as ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3; PETR4).

Com isso, o Índice Bovespa opera na contramão de seus pares globais, que aguardam uma enxurrada de decisões de política monetária. Nesta semana, o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos), o Banco da Inglaterra e o Banco Central Europeu divulgarão suas taxas de juros. O mercado espera que haja uma alta em todos os casos.

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Além disso, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, projetou no domingo (11) uma redução substancial na inflação do país em 2023, caso não haja um choque inesperado. “Acredito que até o final do próximo ano você verá uma inflação muito menor se não houver um choque inesperado”, disse ela ao programa ’60 Minutes’ da CBS.

Ela disse esperar que o aumento da inflação visto este ano seja de curta duração e afirmou que o governo dos EUA aprendeu “muitas lições” sobre a necessidade de reduzir a inflação após os preços altos observados na década de 1970.

Por volta das 10h20, o Dow Jones futuro tinha alta de 0,26%, aos 33.830 pontos, o S&P 500 avançava 0,36%, aos 3.950 pontos e o Nasdaq subia 0,35%, aos 11.724 pontos.

Ainda sobre o exterior, as ações da China recuaram nesta segunda-feira em meio às preocupações de investidores de que o aumento dos casos de Covid-19 possam afetar o consumo e a indústria, enquanto a incerteza sobre a política monetária no exterior também mantinha o sentimento fraco.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,12%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,87%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve baixa de 2,2%. Outras ações asiáticas também caíram, uma vez que os mercados esperam uma enxurrada de decisões de juros.

No campo doméstico, analistas consultados pelo Banco Central reduziram com força sua expectativa para a inflação ao final deste ano, mas ainda acima do teto da meta, deixando inalterados os cenários para a economia e os juros.

A pesquisa Focus divulgada hoje pelo BC mostra que a projeção para a alta do IPCA em 2022 caiu a 5,79%, de 5,92% na semana anterior. A mudança vem na esteira de um resultado abaixo do esperado em novembro para a inflação, com o IPCA subindo 0,41%.

O IBGE divulga em 10 de janeiro os números finais do IPCA em 2022. Apesar da redução, a expectativa para a inflação no levantamento ainda fica acima do teto da meta –3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento ficaram inalteradas em 3,05% e 0,75% para este ano e o próximo. Também não houve alteração na perspectiva de que a taxa básica de juros Selic terminará 2023 a 11,75%, contra 13,75% atualmente. (Com Reuters)