“Vemos as companhias aéreas brasileiras Azul e Gol como as opções menos atraentes [do setor de transportes], com um caminho de recuperação possível, mas ainda desafiador, pela frente”, escrevem os analistas Rogério Araújo e Gabriel Frazão.
Em 2022, as ações de ambas as empresas perderam mais da metade do seu valor. O relatório mostra que as ações AZUL4 caíram 54,8% ao longo do ano, enquanto GOLL4 perdeu 56,9%. De acordo com os analistas, o desempenho ruim foi resultado de um processo de queima de caixa, volatilidade no preço dos derivados de petróleo e alta do dólar.
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Segundo o relatório do BofA, os analistas esperam que a receita líquida da Azul e da Gol cresça em torno de 10% em 2023. Já o lucro operacional, medido pelo Ebitda, deverá aumentar em torno de 5% para a Azul e ficar cerca de 3% negativo para a Gol. Em termos de lucro por ação, o BofA calcula que o da Gol irá cair 90%. Não foi possível calcular um valor para a Azul, que ficou como “não aplicável” no relatório.
“Acreditamos que as companhias aéreas brasileiras Gol e Azul provavelmente continuarão com desempenho inferior ao setor até o fim de 2023”, escrevem. “Embora sua lucratividade pareça estar se recuperando, provavelmente será uma jornada longa e acidentada.”
O BofA recomenda a venda das ações da Gol e da Azul, com preços-alvo de R$ 5,30 e R$ 10,20, respectivamente. As ações das duas empresas custavam R$ 7,64 e R$ 11,67 na manhã desta segunda-feira (9).