Em relatório divulgado ontem (3), o banco norte-americano fez um balanço do patrimônio do mercado financeiro da América e destacou os pontos altos e baixos de 2022.
O S&P 500, que registrou os maiores retornos por dois anos consecutivos (2020 alta de 16% e 2021 avanço de 27%), teve um dos maiores tombos no ano passado, com queda de 19%. A última vez que o índice tinha registrado um resultado negativo, de acordo com o relatório, foi em 2018, quando o recuo foi de 6%.
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Segundo os analistas do BofA, as ações de valor e de dividendos foram as melhores escolhas do ano passado. Em média, as ações de valor entregaram 12% de retorno aos investidores, enquanto as de dividendos entregaram 8%. Por outro lado, os papéis de crescimento (principalmente varejo e e-commerce) tiveram o pior desempenho, com queda média de 13%.
Na lista do BofA, as ações brasileiras de valor que se destacam são da Cielo (CIEL3), com alta de 130% no ano, e da PetroRio (PRIO3), que valorizou 80% no mesmo período. Na sequência aparecem ganhos mais amenos, como os da Copasa (CSMG3), +23%, e os da Vale (VALE3), +14%.
Elétricas como Engie (EGIE3), CPFL Energia (CPFE3) e Taesa (TAEE11) também figuram no mesmo ranking, com retornos de 10,7%, 9,6% e 9,6%, respectivamente.
As ações de crescimento com pior desempenho no ano também foram listadas pelo BofA, são elas: Americanas (AMER3), –69%, BRF (BRFS3), –63%, e Magazine Luiza (MGLU3), –62%.
Ações estão baratas?
Os analistas do banco norte-americano afirmam que as ações brasileiras estão negociando na bolsa com 42% de desconto em relação aos seus preços históricos. Em um recorte das companhias ligadas a commodities, a diferença é menor, de 23%.