Em uma declaração por e-mail, o chefe jurídico do Adani Group, Jatin Jalundhwala, disse que a empresa estava “avaliando as possibilidades” das leis dos EUA e da Índia para uma “ação corretiva e punitiva contra a Hindenburg Research”.
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A declaração culpou o relatório de Hindenburg por criar volatilidade no mercado de ações indiano, alegando que “levou a uma angústia indesejada para os cidadãos indianos”.
Rotulando Hindenburg como uma “entidade estrangeira”, o comunicado acusa a empresa de investimentos de tentar enganar o público e sabotar a oferta pública subsequente de sua principal empresa, a Adani Enterprises, marcada para amanhã (27).
Todas as sete empresas listadas do grupo que carregam o sobrenome de Adani e as recentes aquisições, como NDTV, Ambuja Cement e ACC terminaram o pregão ontem no vermelho.
Fortuna de Adani
De acordo com nossas estimativas, o patrimônio líquido de Gautam Adani totaliza US$ 119,1 bilhões hoje, uma queda de mais de US$ 6,5 bilhões nas últimas 24 horas. Ontem, Adani cedeu o terceiro lugar na lista dos mais ricos do mundo para o fundador da Amazon, Jeff Bezos, devido à forte queda nas ações de suas empresas.
No total, as empresas do grupo perderam um valor acumulado de US$ 12 bilhões na liquidação de ontem.
Histórico
A Hindenburg Research divulgou ontem que alterou a sua avaliação das empresas do grupo indiano para venda, acusando a companhia de se envolver em “manipulação descarada de ações e esquema de fraude contábil ao longo de décadas”.
O relatório fez uma série de acusações contundentes, incluindo o suposto uso de empresas de fachada offshore para “manipulação de ações” e “lavagem de dinheiro” por meio de empresas privadas do Adani Group, nos livros de empresas listadas “a fim de manter a aparência de saúde financeira e solvência.”