Guilherme Gentile, diretor de análise da Dividendos.me, observa que a seleção das empresas para a formação do índice de dividendos tornou a carteira bem diversificada, com diferentes setores em sua composição. Há empresas do agronegócio, siderurgia, energia, saúde, aluguel de carros, financeiro, varejo, bancos, máquinas e equipamentos e madeira e papel.
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Como foi elaborado o índice
Para entender melhor como o índice de campeãs de dividendos foi desenvolvido pela Dividendos.me, é necessário entender como ele funciona nos Estados Unidos. Tanto lá quanto aqui, o índice é basicamente um ranking onde entram somente empresas que pagam dividendos.
O índice americano só inclui empresas que pagam dividendos por mais de 25 anos. Muitas têm um histórico maior, de pelo menos 40 anos. Dentre os nomes que figuram na listagem, a maioria é formada por companhias que já têm suas marcas consolidadas no mercado, contam com grandes vantagens competitivas e que, provavelmente, tendem a continuar por um longo tempo como líderes de mercado, como Coca-Cola, Johnson & Johnson e Colgate.
No Brasil, a Dividendos.me não pôde, de forma fidedigna, replicar o índice Dividendos Aristocratas para as ações listadas na B3. Primeiramente, porque o mercado nacional não tem histórico de longevidade como o de Wall Street. Para isso, a Dividendos.me considerou três fatores:
– Empresas com liquidez maior que R$ 500 mil;
– Crescimento dos dividendos nos últimos dez anos.
Com base nestes fatores, a plataforma chegou à seleção das quinze empresas com maior crescimento de dividendos que compõe a carteira de dividendos aristocratas brasileiros. “Provavelmente, o ganho dos últimos dez anos das aristocratas brasileiras não irá se repetir no futuro para essas empresas. É importante observar que esta análise é de “retrovisor” e não futurista. Mas, tais empresas devem estar no radar do investidor por conta da remuneração atrativa de dividendos e, por essa razão, contam com uma perspectiva positiva de retorno futuro”, afirma.
Gentile também lembra que outro ponto que o investidor sempre deve ter em mente é o reinvestimento dos dividendos para aproveitar os juros compostos. “Ou como Warren Buffett sempre diz, o efeito bola de neve que só faz crescer ao longo do trajeto”.
Confira quais são as melhores pagadores de dividendos em 2023:
1. SLC Agrícola (SLCE3)
Setor: Agronegócio
Rentabilidade: 430,46%
Rentabilidade c/ Div.: 795,46%
2. Gerdau (GGBR4)
Rentabilidade: 72,13%
Rentabilidade c/ Div.: 191,96%
3. Copel (CPLE3)
Setor: Eletricidade
Rentabilidade: 163,43%
Rentabilidade c/ Div.: 609,33%
4. Fleury (FLRY3)
Setor: Saúde
Rentabilidade: 47,35%
Rentabilidade c/ Div.: 239,25%
5. Localiza (RENT3)
Setor: Locação de veículos
Rentabilidade: 481,42%
Rentabilidade c/ Div.: 601,14%
6. Vale (VALE3)
Rentabilidade: 127,82%
Rentabilidade c/ Div.: 427,96%
7. Weg (WEGE3)
Setor: Metalurgia
Rentabilidade: 951,62%
Rentabilidade c/ Div.: 1.150,32%
8. Dexco (DXCO3)
Setor: Material de construção
Rentabilidade: 21,71%
Rentabilidade c/ Div.: 58,04%
9. Ferbasa (FESA4)
Rentabilidade: 425,50%
Rentabilidade c/ Div.: 981,66%
10. Dasa (DASA3)
Setor: Saúde
Rentabilidade: 22,69%
Rentabilidade c/ Div.: 62,23%