Birman, da Arezzo: compra da Vicenza pode elevar market share para 50%

18 de janeiro de 2023

Alexandre Birman, CEO da Arezzo

A aquisição da marca de calçados Vicenza pela Arezzo (ARZZ3), que foi anunciada ontem (17), vai ajudar a holding a conquistar 50% de market share de sapatos femininos, na visão do CEO da companhia, Alexandre Birman.

“Hoje a Arezzo&Co tem 33% de market share no mercado de calçados femininos e temos a ambição de atingir 50% dessa participação com aquisições de marcas complementares, como a Vicenza, que tragam muita qualidade para a casa”, diz Birman. “Sabemos que é um sonho pretensioso, mas por que não?”

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Em evento de lançamento da segunda parte da coleção de inverno das marcas que fazem parte da companhia, realizado hoje (18) no Shopping JK, em São Paulo, os executivos iniciaram o processo de incluir a Vicenza no portfólio.

“Meu pai sempre teve um diferencial muito grande em produzir sapatos que aliam a técnica com a criatividade. Eu entrei na companhia com 17 anos e desde lá começamos a desenvolver uma marca e ter os nossos sapatos do lado da Schutz na prateleira”, conta Rafaela Vicenza, CEO da nova integrante do grupo Arezzo&Co.

Ainda pouco conhecida em São Paulo e no Rio de Janeiro, a marca de 30 anos de mercado cresceu com vendas em lojas de multimarcas e teve grande destaque com as exportações, que cresceu de forma consistente mesmo durante a pandemia.

“Nós queremos continuar entregando qualidade e autenticidade para as nossas consumidoras e acreditamos que a Arezzo vai nos dar muita força para isso”, diz Vicenza. “Em pouco tempo de parceria, já conseguimos construir uma coleção equilibrada em questão de preços e produtos e temos certeza que os nossos impasses de produção vão ser resolvidos dentro da casa, o que é animador.”

De acordo com a executiva, a marca vem crescendo 30% ano a ano e a expectativa é que essa porcentagem cresça de forma acelerada. Hoje a empresa fatura em torno de R$ 10 milhões no ano.

Birman complementa que o papel da Arezzo na aquisição é prestar serviço para a Vicenza conseguir passar com o caminhão e conquistar ainda mais espaço. “Não temos dúvida que a empresa vai dobrar de tamanho em pouco tempo”, conta o CEO da Arezzo&Co.

Do outro lado da moeda, a Vicenza deve ajudar a Arezzo a ocupar territórios que a marca ainda não está presente internacionalmente.

Para manter a tradição da companhia, a expectativa dos executivos não é abrir franquias da nova integrante e sim apostar nas flagships, ainda no primeiro semestre de 2023.